O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, chamou de “equivoco” a proposta do governo que está em discussão no Congresso sobre a reoneração da folha de pagamento. O projeto serviu de moeda de troca, na noite de ontem (quarta-feira, 23), entre o governo e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), por uma proposta que reduz impostos sobre os combustíveis, com objetivo de acabar com a greve dos caminhoneiros. As duas foram aprovadas pela Câmara no mesmo dia e depende de aprovação no Senado.
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Para Skaf, a reoneração “reduzirá a competitividade e aumentará o custo da mão de obra de setores importantes na geração de emprego, tais como têxtil, confecção, máquinas e equipamentos, mobiliário, calçados e outros ligados à indústria, prejudicando os já frágeis crescimentos da atividade econômica e do emprego”. O dirigente acrescentou que, em “alguns casos, poderá resultar em perdas de postos de trabalho”.
A proposição, que põe fim à desoneração da folha de pagamento em 56 setores, aguardava votação há pelo menos um mês, e só com o agravamento da situação foi pautada pelo presidente da Câmara. Com intuito de agilizar o processo e acabar com a paralisação dos caminhoneiros, os deputados aprovaram versão do projeto de lei que prevê a reoneração da folha de pagamento e uma emenda ao projeto que zera o PIS/Cofins sobre o diesel até o final do ano.
Como tentativa de acabar com o caos causado pela paralisação dos caminhoneiros, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou que a estatal reduzirá o valor do diesel em 10%, o equivalente a R$ 0,23 centavos, e congelará o preço de venda da petroleira nas refinarias, R$ 2,10 sem tributos, pelos próximos 15 dias. Nesta quinta-feira (24), a greve dos caminhoneiros chega a cinco dias.
Veja a nota na íntegra:
Reoneração da folha de pagamento
“A FIESP considera a reoneração da folha de pagamento que está sendo proposta pelo governo um equívoco. Esta medida reduzirá a competitividade e aumentará o custo da mão de obra de setores importantes na geração de emprego, tais como têxtil, confecção, máquinas e equipamentos, mobiliário, calçados e outros ligados à indústria, prejudicando os já frágeis crescimentos da atividade econômica e do emprego. Em alguns casos, poderá resultar em perdas de postos de trabalho.
Paulo Skaf
Presidente da Fiesp e do Ciesp”
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