“Ele me chamou de racista e racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”, afirmou o deputado durante a sessão. Em seguida, Marcelo foi detido e levado para ser interrogado. O manifestante saiu da sala dizendo que estava sendo preso por ser negro. Colegas tentaram segura-lo e impedir a detenção, mas, mesmo assim, os seguranças da Casa o retiraram do local. Além de Marcelo, outros manifestantes gritavam palavras de ordem, como “Feliciano não me representa”.
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Segundo o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), Marcelo presta esclarecimentos à Polícia. O parlamentar criticou o pedido de Feliciano e disse que o episódio mostra “sua inadequação à frente da comissão”. “Este fato nos ajuda a explicar que Feliciano não tem condições de presidir esta comissão. Vamos mostrar isso”, disse.
Devido ao incidente, a reunião foi interrompida e transferida para outra sala. A sessão foi reaberta apenas para parlamentares, assessores e jornalistas. Esta é a terceira reunião que a comissão realiza. Manifestantes contrários e a favor do pastor permanecer no cargo estão, desde o início da tarde, na porta do colegiado, que realiza audiência sobre contaminação do solo por chumbo em Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Após o reinício da sessão, Feliciano passou a presidência da sessão para o autor do requerimento da audiência, deputado Roberto Lucena (PV-SP).
Além da pressão de movimentos sociais, Feliciano enfrenta oposição de outros parlamentares, inclusive do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) que deseja vê-lo fora da presidência da CDH. Na semana que vem, líderes partidários conversarão com o pastor para tentar convencê-lo a sair da comissão. Pela manhã, após visita à Embaixada da Indonésia, ele garantiu que não vai sair do cargo.
Também fez críticas ao trabalho da imprensa. Disse que não existe crise na Comissão de Direitos Humanos e que os jornalistas escrevem “muita besteira”. “Vocês estão ultrapassando o meu limite de espaço. Estou aqui por um assunto sério e vocês estão de brincadeira”, afirmou.
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