Com 923 pardais e barreiras eletrônicas instalados na cidade para vigiar e penalizar frota de pouco mais de 1 milhão e meio de veículos, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER) arrecadaram juntos cerca de R$ 175 milhões entre janeiro a novembro de 2016. As cifras representam quase R$ 20 milhões a mais que todo o montante arrecadado no ano de 2015. O valor é proveniente apenas das multas aplicadas pelos dois órgãos e não compreende serviços realizados para motoristas, como taxa de transferência de propriedade, segunda via de documento, entre outras.
Apesar de tantas fiscalizações, uma espécie de Big Brother sobre os carros em trânsito na cidade, os brasilienses não se sentem intimidados: o excesso de velocidade ainda é o campeão de arrecadações. De quase 1 milhão de multas aplicadas pelo Detran-DF neste ano, quase 50% foram por alta velocidade.
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Pelo DER, os números não são muito diferentes. Em 2015, das 843 mil multas aplicadas, foram mais de 470 mil infrações cometidas pelo mesmo motivo. Já em 2016, de 735 mil multas emitidas entre janeiro e outubro, mais da metade também foi por conduzir veículo em velocidade superior ao permitido pela via. Pouco mais de 450 mil condutores foram multados no mesmo período.
No período analisado, as multas por excesso de velocidade variavam entre R$ 85,13 para excesso até 20% da velocidade da via; R$127,69 para velocidade entre 20% e 50%; e R$ 574,62 para excessos acima de 50%. A partir de novembro de 2016, os valores tiveram aumento expressivo e foram para R$ 130,16, R$ 195,23 e R$880,41, respectivamente.
O excesso de velocidade lidera o ranking de multas não só em Brasília, mas em todo o Brasil – que é, atualmente, o quarto colocado no número de mortes no trânsito na América Latina. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o país apresenta uma taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes. Perde apenas para Belize, República Dominicana e Venezuela.
Faixa exclusiva
PublicidadeCriada em dezembro de 2011 na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), na Estrada Parque Taguatinga-Guará (EPTG), na W3 Sul e na W3 Norte, a faixa exclusiva de ônibus, apesar de estar em execução há quase cinco anos, ainda é desrespeitada por boa parte dos condutores, que têm engordado a conta dos órgãos de fiscalização de trânsito. É a segunda infração mais cometida pelos condutores em Brasília.
A faixa exclusiva começou a valer no dia 15 de março de 2012. Em 2015, foram cerca de 138 mil motoristas multados pelo DER e pelo Detran. Entre janeiro e outubro de 2016 foram cerca de 120 mil multas pelo mesmo motivo.
Obrigatório em todo o país há 18 anos, o não uso do cinto de segurança ainda é uma infração cometida por muitos brasilienses. Flagrados pelos dois órgãos de fiscalização, em 2015, mais de 78 mil condutores foram multados por não utilizar o acessório. Já em 2016, entre janeiro e outubro, mais de 50 mil foram penalizados.
Apesar da proibição e da fiscalização intensificada, o uso de celular ao volante ainda é frequente entre os condutores. Em 2015, mais de 45 mil condutores foram multados por essa infração, número um pouco mais elevado do que o que foi registrado neste ano. Em 2016, em dados reunidos até outubro, cerca de 42 mil condutores foram flagrados usando celular enquanto dirigiam.
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