Para alcançar essa marca, o programa de assistência médica e odontológica do Superior Tribunal de Justiça contou com outra particularidade: é o único plano de saúde ligado a instituições públicas a receber recursos das chamadas emendas parlamentares, verba direcionada por deputados e senadores durante a tramitação da proposta orçamentária no Congresso para atender suas bases políticas ou eleitorais. E não foi pouca coisa.
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Do orçamento de 2012 para cá, os congressistas injetaram R$ 175 milhões no Pró-Ser a pedido da cúpula do tribunal superior. Nas quatro oportunidades, os repasses tiveram a mesma origem: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que assumiu a autoria das emendas sugeridas por cinco senadores – três deles do PMDB. É o que revela reportagem de capa da nova edição da Revista Congresso em Foco.
Recomendação ignorada
No ano passado, uma auditoria interna do STJ concluiu que o programa era falho na gestão e na transparência e acumulava irregularidades contábeis, administrativas e operacionais que comprometiam a eficiência do plano de saúde, para o qual os servidores do tribunal e seus dependentes também contribuem financeiramente. O relatório apontou crescimento nas despesas sem o devido acompanhamento da receita própria, advertiu para os riscos políticos e econômicos da dependência das verbas parlamentares e recomendou que o tribunal não recorresse mais a esse tipo de expediente. A sugestão, no entanto, não foi acolhida.
Só para este ano, o Orçamento da União reserva R$ 109 milhões para o plano do STJ. Desses, R$ 70 milhões foram incluídos a pedido do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). “Essa solicitação me foi entregue pela assessoria parlamentar do STJ a pedido de seu presidente”, disse Valadares à Revista Congresso em Foco. A corte é presidida desde setembro pelo ministro Francisco Falcão, que comandou o Pró-Ser de 2009 a 2014.
“Ritos” do Legislativo
Nos três anos anteriores, o plano de saúde do STJ foi contemplado com emendas dos senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Romero Jucá (PMDB-RR) e Inácio Arruda (PCdoB-CE). Eunício e Vital presidiram a CCJ entre 2011 e 2014. O paraibano, que renunciou ao Senado para virar ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), foi o maior incentivador do programa no Congresso. Por iniciativa dele, R$ 79 milhões foram para o Pró-Ser em 2012 e 2013.
A Revista Congresso em Foco enviou ao STJ dez questionamentos sobre a utilização de recursos públicos por seu plano de saúde, a autoria das solicitações de emenda e as conclusões da auditoria que apontou irregularidades na gestão no Pró-Ser. O tribunal, porém, limitou-se a responder que todas as emendas seguiram os “ritos que integram o progresso legislativo”. A corte também minimizou as conclusões de sua auditoria interna. “Nenhuma das constatações indicou irregularidades que comprometessem a gestão financeira do Pró-Ser, tratando-se apenas de correções normais dos processos de trabalho das unidades envolvidas. As recomendações efetuadas estão sendo adotadas pelo Tribunal e as ações realizadas são relatadas nos processos de contas do órgão.”
Veja a reportagem completa na Revista Congresso em Foco
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Isso não é nenhuma novidade;esses boas-vida fazem o que querem e o iludidos eleitores deles que sifu!
Inacreditável!Enquanto o SUS vive momentos trágicos e desoladores “outros” têm tratamentos #VIP a custa deste mesmo povo sofrido……..!
NOS 12 ANOS DE UM AUTOPROCLAMADO GOVERNO DE ESQUERDA NADA MUDOU….e os caras ainda tem coragem de continuar falando em esquerda e direita…fascistas é o que são….
Dizem que o Estado Islâmico é mais cruel. Será mesmo?
Ato vergonhoso, indecoroso e criminoso. Enquanto o povao analfabeto e miserável aguarda a morte nos podres corredores do sus, suas excrescências parlamentares se espojam no luxo e riqueza a eles conferidos por eles mesmos.
Tudo podre, os três poderes e nas três esferas de (des)governo. Pobre país, no mínimo mais 5 décadas perdidas.
Isso, é anarquia Brasil. Governo fraco e corrupto, congressistas aéticos e apátridas.