O novo pedido de impeachment acusa a presidente de ter cometido crime de responsabilidade tanto pelos fatos relacionados à Operação Lava Jato, quanto pelo atraso proposital de recursos de programas sociais aos bancos públicos, o que tem sido chamado de “pedalada fiscal”.
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A petição foi entregue ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na mesma data em que se completam 23 anos que foi apresentado o primeiro pedido de afastamento do então presidente senador Fernando Collor.
Hélio Bicudo, de 93 anos, deixou o PT em 2005, após 25 anos de filiação, por divergências com o partido após a revelação do escândalo do mensalão. Pelo PT, além de deputado federal, ele foi vice-prefeito de São Paulo, na gestão de Marta Suplicy (hoje no PMDB), e candidato ao Senado.
“Se esta Casa não tomar as providências cabíveis, a tendência é realmente este terrível quadro se acirrar”, aponta o documento também assinado pela advogada Janaína Paschoal. “Parte dos fatos objeto do presidente pedido pode constituir, além de crimes de responsabilidade, crimes comuns”, complementa a peça jurídica.
A advogada disse que vem acompanhando nos últimos meses a crise política e econômica pela qual vem passando o Brasil e que, por isso, resolveu ingressar com o pedido de impeachment. “Nos preocupa o país do jeito que está”, aponta.
Em 17 de julho, horas após o anúncio do rompimento com o governo, Cunha despachou 11 ofícios de atualização e adequação dos requerimentos de impeachment conforme noticiou em primeira mão o Congresso em Foco. Na ocasião, o deputado não se limitou a esse tipo de protocolo. Entre os autores do pedido estão cidadãos, lideranças de entidades e até o deputado Bolsonaro (PP-RJ).
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