Essa demanda está posta para toda a sociedade, defende o vice-presidente da Abrig, Eduardo Galvão. Para o dirigente, ética e transparência são elementos essenciais da democracia, mas devem ser complementados com outros instrumentos e ações coletivas.
“O país está sendo passado a limpo e reforçando suas instituições democráticas. Limites éticos e legais estão muito bem delimitados nas normas e regulamentos. Mas isso não é suficiente. A sociedade civil pode ir além”, diz o representante da Abrig, uma das entidades parceiras do Diálogos Congresso em Foco 2, fórum de debates sobre os rumos do país a ser realizado neste mês de março, em Brasília.
“Mas quando tratamos de ir além, significa implementar um esforço extra, por parte da sociedade civil organizada, em garantir a observância desses limites. Significa adotar medidas de prevenção aos mal feitos que repudiamos e que tanto mal fizeram ao nosso país. Falamos aqui sobre as organizações implementarem medidas de compliance e gestão de riscos de corrupção, não apenas para controlar, mas também para prevenir. Identificar eventuais exposições a riscos de corrupção e tomar medidas para evitar a ocorrência desses eventos”, acrescenta.
Eduardo Galvão explica que a entidade já dispõe de um sistema de compliance – estratégias de cumprimento de normas e políticas institucionais ou empresariais, de maneira a evitar desvios – que, ao final, resultará em ganho de cidadania nas dimensões pública e privada. Segundo o membro da Abrig, tal plataforma reúne um comitê de admissão e processo de avaliação que verifica reputação e antecedentes; um código de conduta profissional que prevê regras básicas sobre conflitos de interesses, deveres, obrigações, limites e sanções de advertência, censura ética e exclusão dos quadros da Abrig; um comitê de compliance e boas práticas; e um conselho de ética independente.
“Com o amadurecimento político das instituições, as relações entre elas ganha novos contornos. Essas medidas representam um passo importante no desenvolvimento de uma cultura de ética e prevenção nas Relações Institucionais e Governamentais”, arremata Eduardo Galvão.
PublicidadeConduta profissional
Fundada em Brasília no dia 16 de agosto de 2007, a Abrig nasceu da vontade de profissionais de relações institucionais e governamentais interessados em pensar sua própria atividade e se fazerem representados no debate público sobre a participação da sociedade civil e do setor privado nos processos de decisão política. A entidade, que conta com mais de 200 pessoas físicas associadas, além de outras 13 pessoas jurídicas, produziu o primeiro Código de Conduta do Profissional de Relações Institucionais e Governamentais. Além disso, lançou em 2016 a Revista Brasileira de Relações Governamentais, a primeira do gênero no mundo.
A Abrig reforça a lista de instituições e entidades participantes do Diálogos Congresso em Foco 2, iniciativa que aposta na troca de ideias como caminho para o país sair da profunda crise em que se encontra. Em 2017, o fórum de discussões entra em seu segundo ano na expectativa de tratar de temas como a formação política da sociedade – e, nesse processo, o papel dos meios de comunicação –, medidas de combate à corrupção e ao desemprego, a gestão das finanças públicas etc.
Neste espaço, aberto à participação de todos, revezam-se questões consideradas cruciais para a superação dos entraves à retomada do crescimento econômico, ao aprimoramento da democracia e dos costumes políticos. Participe do debate, deixando registrada a sua opinião por meio de comentários em nosso site, na página do Diálogos no Facebook ou enviando suas contribuições em texto, vídeo ou áudio para o email dialogos@congressoemfoco.com.br.
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