Em vídeo divulgado na internet, o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), cobra de um fiel de sua igreja, a Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, a senha de seu cartão de crédito. “É a última vez que eu falo. Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir o milagre pra Deus e Deus não vai dar e vai falar que Deus é ruim”, afirma Feliciano. No vídeo, gravado em Ribeirão Preto (SP), o deputado diz que aceita cheques, dinheiro e doações de motocicletas. Em troca, oferece recompensas divinas.
Veja o vídeo:
Leia também
Em outro momento, o deputado pastor afirma a um fiel que a doação de R$ 500 é suficiente. “Tem mais aqui na frente? Glória a Jesus!”, afirma o deputado, ao pegar um cheque. “Deixa eu ver o sobrenome dele? Feliz de Souza (risos). Mais um. Amém, amém. Tem gente que diz: ‘Pastor, pastor, R$ 1.000 eu não aguento’. Traga R$ 500. Você só não pode é perder a benção. Quem crê dá um jeito”, diz o deputado.
A eleição de Marco Feliciano foi alvo de uma série de protestos, tanto na internet quanto na própria Câmara. Ele é acusado por parlamentares e entidades ligadas aos direitos humanos de racismo e homofobia, por causa de declarações dadas por ele anteriormente. O deputado nega e diz ser “um cristão moderado”. “O meu trabalho vai mostrar. Julgar uma pessoa que tem 40 anos por 140 caracteres sem contexto é violação de princípios”, declarou esta manhã, após ser empossado no comando da comissão. Ele diz ser vítima de perseguição religiosa e “cristofobia“.
Natural de Orlândia (SP), Marco Antônio Feliciano tem 40 anos. Presidente e fundador da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, apresenta-se também como cantor e empresário. A igreja tem templos em 13 cidades do interior paulista.
Após polêmica, Marco Feliciano é eleito presidente da CDH
Câmara veta manifestantes na eleição da CDH
Sob protestos, comissão adia eleição de Feliciano
Militantes se opõem a pastor no comando da CDH
Pastor reclama de perseguição religiosa e “cristofobia”
Curta o Congresso em Foco no Facebook
Siga o Congresso em Foco no Twitter
Deixe um comentário