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Durante a sessão, cerca de oitenta artistas e produtores culturais estiveram no plenário para apoiar a deputada. Eles levaram tambores, violas e sanfonas para fazer uma sonora manifestação durante a sessão. Até a escola de samba Águia Imperial de Ceilândia participou do ato. Assim que os sambistas chegaram à Casa legislativa, a deputada sambou ao ritmo do batuque, sorriu e levantou os dedinhos em sinal de agradecimento aos apoiadores.
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O músico José Junior, 52, foi uma das vozes que engrossaram o coro em defesa das emendas para a cultura. “Se o dinheiro tivesse sido usado para pagar o cachê de um artista nacional, não teria problema. A denúncia apareceu apenas porque somos locais e temos poucas oportunidades”, condenou.
Em uma das emendas, uma banda foi contratada por R$ 30 mil para tocar por uma hora. No entanto, o grupo costuma cobrar de R$ 6 mil a R$ 8 mil para se apresentar em uma formatura, por exemplo, em três horas de show. A deputada disse que os contratos foram feitos de acordo com os padrões da Secretaria de Cultura. Já o produtor da banda, Emerson Oliveira, justificou que a diferença de preços se dá pelo número de músicos utilizados. Em um show público, a banda se apresenta com 17 integrantes, enquanto em uma formatura recorreria a um formato menor, com oito músicos.
Publicidade CrecheEmocionada, Luzia de Paula defendeu também as emendas que destinou para a sua creche, na mesma cidade satélite. Segundo ela, os cerca de R$ 4 milhões são usados durante doze meses para cobrir despesas com professores e cinco refeições diárias que são disponibilizadas para as crianças atendidas.
Vários deputados também defenderam a posição da parlamentar da Rede. A presidente da Casa, Celina Leão (PDT), reiterou a necessidade de investimento em cultura e também na educação das crianças. “São míseros R$ 28 por dia para cada criança atendida ter direito a cinco refeições e, ainda, educação de qualidade”, disse a pedetista.