A sequência de denúncias contra Renan começou em 25 de maio de 2007, quando a revista Veja publicou que um lobista da empreiteira Mendes Júnior pagava R$ 12 mil mensais, como pensão, à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. Renan alegava que tinha dinheiro suficiente para pagar as despesas e que havia ganhado R$ 1,9 milhão com a venda de 1,7 mil cabeças de gado entre 2003 e 2006. No dia 14 de junho, uma reportagem do Jornal Nacional pôs em xeque a autenticidade dos documentos mostrados por Renan como comprovantes da venda dos bois.
O Conselho de Ética recomendou a cassação do mandato do senador. Por 40 a 35, e seis abstenções, ele foi absolvido pelo plenário em setembro de 2007. Em dezembro daquele ano, quando já havia renunciado à presidência da Casa, Renan foi absolvido novamente pelos colegas. Dessa vez, por placar ainda mais dilatado: 48 a 29, e quatro abstenções. Nesse processo, o senador era acusado de ter comprado rádios em Alagoas por meio de “laranjas”.
O senador ainda foi alvo de outras quatro representações que não chegaram a avançar do Conselho de Ética para o plenário: foi acusado de tráfico de influência, junto à Schincariol, na compra de uma fábrica de refrigerantes; de apresentar notas fiscais frias em nome de empresas fantasmas para justificar rendimentos; de participar de esquema de desvio de dinheiro público em ministérios do PMDB; e de espionar senadores da oposição.
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Como mostrou o Congresso em Foco em 2009, Renan fez uso da cota de passagens aéreas do Senado para pagar 26 passagens para quatro personagens envolvidos nas denúncias que quase lhe custaram o mandato.
Renan deu passagens para envolvidos em escândalo
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