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Segundo a reportagem, o ex-vice-presidente da Caixa disse que parte do dinheiro obtido de empresas interessadas na liberação de recursos do fundo ficava com ele, e outra, mais expressiva, ia para Cunha. Cleto admitiu que tratava com os empresários sobre os aspectos técnicos dos projetos a serem financiados pelo Fundo de Investimento, ao passo que as negociações sobre a propina ficavam a cargo de Cunha.
Conforme o Globo, o ex-vice-presidente da Caixa apontou o doleiro Lúcio Bolonha Funaro como um dos operadores de Cunha na movimentação de parte do dinheiro recebido das empresas. Ele conhece Funaro, com quem trabalhou em São Paulo antes de ser levado para a Caixa, por indicação de Eduardo Cunha.
Cleto confessou ter direcionado os recursos para empresas indicadas pelo deputado. Só a Carioca Engenharia admitiu ter pagado R$ 52 milhões de propina para liberação de recursos para empreendimentos imobiliários ligados ao Porto Maravilha, no Rio. O ex-vice da Caixa vai devolver dinheiro aos cofres públicos e cumprirá prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, além de prestar serviços comunitários, caso o acordo seja homologado por Teori Zavascki.
Cunha diz que não se pronunciará sobre o assunto por não ter conhecimento do teor do depoimento de Cleto, mas afirma que não participou de qualquer irregularidade. De acordo com o Globo, em outro depoimento, o ex-vice da Caixa declarou que o peemedebista recebeu propina também em conta bancária no Uruguai.
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