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Segundo Pacheco, a opinião pública “há muito já se convenceu que o mensalão foi uma farsa”. O advogado desqualificou a denúncia apresentada pelo Ministério Público e afirmou que Genoíno só está entre os réus da ação penal 470 porque foi presidente do PT. “A denúncia não faz individualização de conduta, redunda na responsabilidade objetiva. É o direito penal nazista. É judeu, então mata. Foi presidente do PT, então tem que ir para a cadeia. E tem que ir não pelo que fez, mas pelo que foi. […] Não há nada que prove que ele tenha participado do mensalão”, disse.
Na acusação apresentada por procurador-geral da República, Roberto Gurgel, Genoíno aparece como o interlocutor político do esquema do mensalão, e que teria tratado do apoio de partidos ao governo Lula, principalmente com o PP.
Como o Congresso em Foco adiantou no sábado (4), os advogados dos 38 réus vão se dedicar, a partir de hoje, a questionar as provas apresentadas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Além das perícias, os advogados pretendem usar os depoimentos prestados durante a investigação como forma de absolver os acusados. Na sexta-feira, Gurgel pediu a condenação de 36 dos envolvidos.
PublicidadePacheco sustentou que, durante sua gestão à frente do PT, Genoíno cuidou apenas da administração do partido e, assim que assumiu o posto, deixou claro que não queria ter participação na gerência das finanças do partido. “Genoíno cuidava das relações do partido com a militãncia e com a base aliada e tratava tudo em termos políticos e não em termos de finanças. […] Quando assumiu a presidência, deixou claro que não iria tratar sobre a sede do partido, finanças e reivindicações de cargos públicos”, disse Pacheco que, afirmou que os cuidados com assuntos financeiros eram de inteira responsabilidade de Delúbio Soares.
Ele usou parte do tempo disponível para apresentar a história pessoal de Genoíno até sua chegada à presidência do PT. “Trabalharemos as provas, mas é importante que os senhores conheçam a trajetória dele”, afirmou que acrescentou que seu cliente era uma pessoa “incapaz” de cometer qualquer ato ilícito. Ele leu trechos de depoimentos de pessoas aliadas ao ex-deputado que referendavam o caráter apregoado pela sua defesa.
Pacheco afirmou ainda que Genoíno nunca recebeu qualquer vantagem pessoal enquanto foi deputado federal. “Ele manteve seu padrão de vida de classe média e mora na mesma casa até hoje, em um bairro de trabalhadores em São Paulo”, disse.
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