Após a Polícia Federal (PF) receber o laudo que descarta possibilidade de edições feitas no áudio gravado por Joesley Batista, a defesa afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que o laudo não é “uma verdade fechada e absoluta.”
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado e amigo de longa data de Temer, afirmou que ainda não teve acesso ao laudo, mas que os resultados da perícia não representam “uma verdade fechada e absoluta.” Com outros laudos, que chegaram a outras conclusões, “vai ser uma discussão”, disse o advogado à reportagem do jornal.
Com a tese de edição descartada pela PF, a defesa questiona a legalidade da gravação. Mariz separou as teses como “duas questões diferentes”, ao que a manipulação seria uma “questão formal.” O advogado prosseguiu, afirmando que a outra questão seria a “a gravação ter sido feita de forma irregular e ilícita.”
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A defesa de Temer defendia que a gravação havia sido adulterada “com objetivos nitidamente subterrâneos” e contratou um perito para fazer a análise do material. No dia 22 de maio, Ricardo Molina desqualificou a gravação, que chamou de “imprestável.”
Temer foi gravado por Joesley Batista em encontro no Palácio do Jaburu. O presidente ouviu Joesley relatar uma série de ilícitos, inclusive o suposto pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e ao operador do PMDB Lúcio Funaro para mantê-los em silêncio.
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