Apesar de ter aprovado uma série de requerimentos na semana passada, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira tem ainda uma série de pedidos para analisar nas próximas sessões administrativas. Estão na pauta da comissão, criada para investigar as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, 117 pedidos dos parlamentares, entre convocações para depoimentos e quebras de sigilos.
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Por enquanto, a próxima sessão administrativa da CPMI deve acontecer no próximo mês. Amanhã (22) os parlamentares tomarão o depoimento de Cachoeira na comissão. Por enquanto a oitiva está confirmada. No entanto, pode ser adiada caso o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello atenda o pedido da defesa do contraventor em conceder mais três semanas para análise de documentos.
Já para quinta-feira (24) serão ouvidos José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz, Wladmir Henrique Garcez, Lenine Araújo de Souza, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e Jairo Martins. Todos eles são acusados de envolvimento com Cachoeira e foram investigados durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Em fevereiro, 82 pessoas presas como resultado de investigação da exploração do jogo ilegal.
A próxima data reservada para uma sessão administrativa, quando os integrantes poderão discutir os requerimentos, é 5 de junho. Entre eles, estão as convocações dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), além do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. As quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico da Delta em todo o país, assim como do seu dono, Fernando Cavendish, também está na pauta.
Até agora, todos os requerimentos aprovados são de pessoas apontadas pela Polícia Federal como integrantes da organização criminosa supostamente chefiada por Carlinhos Cachoeira. Até o momento, os pedidos não avançaram para a convocação de agentes públicos ligados ao bicheiro. E também deixaram de fora informações sobre a Delta.
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Centro-oeste
Na semana passada, os membros da CPMI aprovaram 36 quebras de sigilo e 51 convocações para depoimentos. A comissão determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico nos quatro estados do Centro-Oeste e no Tocantins da construtura Delta. No total, desde o começo dos trabalhos, foram analisados 139 requerimentos. Uma parte deles tinha o mesmo conteúdo. Ou seja, pediam depoimentos ou quebras das mesmas pessoas e empresas.
Também foi convocado Cláudio Abreu, ex-diretor da empresa para o Centro-Oeste, e outras 50 pessoas relacionadas a Cachoeira. Entre eles, o sobrinho de Cachoeira Leonardo de Almeida Ramos, apontado no inquérito como comprador da casa do governador de Goiás. Os parlamentares aprovaram também 36 requerimentos de quebra de sigilo. Dentre as pessoas que terão os sigilos quebrados estão auxiliares do contraventor, como Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, Gleyb Ferreira e Geovani Pereira da Silva.
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