A CPI da Saúde da Câmara Legislativa aprovou a prorrogação dos trabalhos por mais 90 dias nesta segunda-feira (21). O requerimento recebeu os votos favoráveis dos deputados Wellington Luiz (PMDB), Wasny de Roure (PT), Lira (PHS) e Robério Negreiros (PSDB). De acordo com o Regimento Interno, a contagem do período de 90 dias é interrompida durante o recesso parlamentar, com início previsto para 16 de dezembro.
Os trabalhos da CPI tiveram início em 13 de maio deste ano com o propósito de investigar indícios de corrupção de recursos públicos na gestão da Secretaria de Saúde no período entre janeiro de 2011 a março de 2016.
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Relator, o deputado Lira negou “pressão política por parte do governador ou de quem quer que seja para desistir da CPI”. Depois da votação, lembrou, em sua página no Facebook, que o colegiado foi criado com o intuito de analisar as denúncias apresentadas, com o devido aprofundamento e com todo o rigor, para que aqueles que tenham agido de má-fé com o cidadão de bem, e que caso sejam responsabilizados pelas irregularidades que vierem a ser apuradas, sejam punidos administrativamente e criminalmente.
“Diferente do que foi vinculado em alguns veículos de comunicação, eu como primeiro signatário e maior interessado, tendo em vista que uma das minhas promessas de campanha foram as “Blitzes da Saúde”, assinei desde a semana passada o requerimento solicitando esta prorrogação, porém o mesmo deveria ser votado em plenário, conforme acertado com os demais membros da CPI”, afirmou o parlamentar.
Lira fez questão de deixar claro mais uma vez que repudia veementemente toda e qualquer “dedução” que envolva seu nome em relação a manobras para impedir esse prolongamento da CPI da Saúde ou de “abafar” as investigações. “Sou avesso a todo tipo de ‘show’ para me promover e condeno essa prática por homens públicos. Hoje, o meu voto comprovou que essas notícias de ‘cheirinho de abafa’ eram falsas.”
PublicidadeO distrital acrescentou: “Meu trabalho continuará firme e forte na busca da melhoria da saúde de todos os moradores do DF, não podemos mais ver pessoas sendo tratadas sem as condições mínimas necessárias, seja por ausência de estrutura ou de materiais e medicamentos nas unidades de saúde.”
Bate-rebate
Durante a reunião, o deputado Robério Negreiros (PSCB) rechaçou informações, segundo as quais ele seria contrário à prorrogação dos trabalhos. “Esta CPI é um fórum importante para investigar as mazelas na saúde, mas não pode descambar para debates que envolvam disputas políticas e diferenças pessoais”, afirmou. O presidente da CPI, deputado Welington Luiz (PMDB), rebateu as declarações e destacou que não há interesses nem disputas políticas na condução dos trabalhos. Também participaram da reunião os distritais Agaciel Maia (PR) e Sandra Faraj (SD).
Quebra de sigilo
Os integrantes da comissão também aprovaram a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-assessor da Vice-Governadoria do DF, Valdeci Marques de Medeiros. Depoente da CPI na última quinta-feira (17), Medeiros não fez qualquer declaração ao comparecer com quatro advogados de defesa e habeas corpus preventivo.
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