Marli é autora de gravações de áudio comprometedoras, nas quais discute com Renato Santana casos de pagamento de propina em contratos firmados pelo GDF. A decisão de ouvir os dois envolvidos foi tomada hoje (19) pela CPI, que também aprovou a oitiva de outros dois citados nos diálogos, o ex-secretário de Saúde, Fábio Gondim, e Marcello Nóbrega, subsecretário da pasta.
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Os deputados acataram o pedido da convocada Marli Rodrigues para que seja ouvida em reunião secreta, somente com a presença de parlamentares. “Ela teme pela sua segurança, pois nos disse que trará documentos que comprovam a participação de nomes importantes em esquemas de corrupção”, explicou Wellington Luiz (PMDB), presidente da CPI. Já o depoimento do vice-governador Renato Santana, aprovado sob a forma de convite, ocorrerá de forma aberta, também na quinta-feira, às 15h.
Houve a expectativa da convocação do governador Rodrigo Rollemberg, porém, não houve consenso. O deputado Bispo Renato (PR) era o maior entusiasta da convocação do governador. “Se as denúncias chegaram ao conhecimento dele e nada foi feito, então podemos estar diante de um caso de prevaricação. De minha parte, o governador está convidado para vir aqui e dar explicações”, afirmou. Rollemberg foi defendido por outros membros da comissão, como o seu companheiro de partido Roosevelt Vilela (PSB).
O presidente da CPI informou que técnicos da CPI estão trabalhando na transcrição dos diálogos gravados e que tudo será tornado público em breve. Segundo Wellington Luiz, as oitivas de Fábio Gondim e Marcello Nóbrega deverão ficar para agosto, quando os integrantes da CPI estarão melhor informados em relação às denúncias.
A reunião desta terça interrompeu o recesso parlamentar – previsto para o período entre 18 e 31 de julho – e contou com a participação de seis dos sete membros permanentes. Só faltou o deputado Lira (PHS), que não pôde participar porque está viajando. Para o próximo encontro, marcado para quinta-feira a expectativa é que o plenário do colegiado esteja completo.