O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (13) a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Laerte Bessa (PR-DF). O pedido foi protocolado pelo PSB depois que Bessa criticou o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, usando palavras de baixo calão. Em outubro, após o governador ter se recusado a atender Laerte Bessa, o parlamentar foi à tribuna da Câmara e chamou Rollemberg de “maconheiro”, “bandido”, “vagabundo”, “cagão”, “safado” e “frouxo”.
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Relembre o discurso de Bessa:
O colegiado aprovou o parecer do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) que defendia o arquivamento do processo. Ao todo, onze parlamentares votaram pelo arquivamento e dois se abstiveram. Após a vitória no colegiado, Bessa agradeceu aos colegas e afirmou que foi “obrigado a proferir alguns adjetivos. Não para atingir a moral e o decoro, muito menos a honra deste senhor [Rollemberg], mas depois de pura agressão que sofri dentro do Palácio do Buriti aqui no Distrito Federal”.
O caso
Revoltado por não ter sido atendido pelo governador no Palácio do Buriti (sede do governo local), Laerte Bessa foi ao plenário da Câmara criticar Rollemberg. “Ele disse que atenderia todo mundo, menos eu. Porque tenho dito verdades nos meios de comunicação”, afirmou. Subindo o tom dos ataques, Bessa disse que “Brasília está abandonada” porque Rollemberg “é vagabundo” e “não trabalha”.
Por sua vez, a bancada do PSB na Câmara decidiu entrar com uma representação no Conselho de Ética pedindo a cassação do mandato de Laerte Bessa por quebra de decoro. O processo, porém, foi arquivado.
Por outro lado, na esfera judicial, o governador afirmou que vai processar Bessa por difamação e danos morais. Caso condenado, as penas para os crimes vão de multa a detenção de três meses a dois anos.