“É uma vergonha o que está acontecendo neste Casa!”, disse o deputado Major Olímpio (SD-SP), vaiado por alguns governistas. “Quem está vaiando aqui foi comprado!”, rebateu Olímpio.
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No início da sessão, oposicionistas criticaram os procedimentos da análise da denúncia e reclamaram do fato de que questões de ordem não estavam sendo devidamente analisadas pelo presidente do colegiado, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Em um dos momentos de bate-boca, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) apresentava sua demanda e, em meio ao falatório generalizado na comissão, queixou-se do fato de ter sido interrompida pelo deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), membro da tropa de choque de Temer.
Também houve protestos quanto às substituições de última hora, por determinação de Temer, de forma a assegurar maioria na CCJ, que tem 66 membros titulares. Segundo Ivan Valente (Psol-SP), foram 12 os deputados trocados pelo governo no colegiado com o objetivo de evitar defecções na base aliada – na verdade, foram oito as substituições apenas hoje (segunda, 10).
PublicidadeNo início da reunião, houve um rápido contratempo envolvendo o deputado Delegado Waldir (PR-GO), substituído pelo governo por não ser voto certo a favor de Temer, enquanto Marcos Rogério (DEM-RO) lia o registro da ata. Com as ações dos membros da CCJ devidamente veiculadas ao vivo, viu-se o deputado esbravejando em plenário, por vezes interrompendo a reunião. Depois, com a palavra, o paramentar goiano acusou o governo de tentar comprar seu voto, e depois o substituiu depois da recusa.
“Eu não vendo meu voto, não troco por cargos, por emendas!”, vociferou Delegado Waldir, que protestou aos gritos de “lixo de governo!”.
Veja ao vivo:
O fato de ser do mesmo partido de Michel Temer não quer dizer que o deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), relator da denúncia contra o presidente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, apresentará seu parecer em sintonia com o governo. O material é lido neste momento na CCJ, que concentrará as atenções da imprensa durante toda a semana.
Como tem sido noticiado nos últimos dias, o próprio Zveiter tem dito que não aceitou pressões do Palácio do Planalto. O deputado fluminense, advogado por formação e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, define-se como independente em relação à gestão Temer, acusado de corrupção passiva a partir de delações do Grupo JBS.
A reunião começou com a leitura da ata da reunião anterior, quando deputados apresentaram questões de ordem. Uma delas solicitava a presença do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para sustentar a denúncia. Mas o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), negou essa e outras demandas, apresentadas principalmente pela oposição.
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