O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) começou há pouco seu depoimento no Conselho de Ética do Senado. Falando pela primeira vez aos colegas desde que subiu à tribuna em 6 de março, ele tentará convencer os integrantes do órgão que não não mentiu e quebrou o decoro parlamentar quando disse ser apenas amigo do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que não conhecia seus negócios. Gravações reveladas pela Operação Monte Carlo mostraram que Demóstenes mantinha relações mais estreitas com o bicheiro.
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Esta é a primeira vez que Demóstenes falará oficialmente depois que as denúncias surgiram. O senador deverá apresentar a sua explicação por cerca de 25 minutos. Nela, vai focar sua atuação como senador. Um dos argumentos possivelmente usados é que as escutas gravadas precisavam do aval do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo foro privilegiado.
Depois, o relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), vai questionar Demóstenes sobre sua relação com Cachoeira. Em um segundo momento, os outros membros do Conselho podem participar com perguntas ao colega. Em seu parecer, o petista acusou o parlamentar goiano de ter obtido “vantagem indevida” do bicheiro. Caso entendam que Demóstenes quebrou o decoro parlamentar, o senador poderá ter seu mandato cassado. A cassação precisa ser confirmada pelo plenário da Casa.
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