Apesar de ter convocado os jornalistas para entrevista coletiva afim dar explicações sobre a terceira fase da Operação Drácon, a deputada Celina Leão (PPS), presidente afastada da Câmara Legislativa não compareceu. Em seu lugar, o advogado Eduardo Toledo respondeu aos questionamentos e afirmou que as ações do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) foram uma “pirotecnia” e baseada em fatos antigos “requentados” pelos investigadores. O não comparecimento da presidente afastada da Câmara Legislativa foi uma decisão dos próprios advogados, segundo a defesa.
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O nome de Celina voltou a aparecer na Drácon nesta segunda-feira (17) após o seu ex-assessor Sandro Vieira ter sido levado coercitivamente para depor acusado de subtrair provas da Câmara Legislativa. Assim como o ex-assessor do deputado Bispo Renato Andrade (PR), que chegou a ter a prisão solicitada pelo MP, mas só teve a condução coertiva autorizada. Ambos foram flagrados pelo circuito interno da Câmara Legislativa carregando documentos antes da primeira fase da Operação Drácon, que investiga um esquema de corrupção montado no Legislativo Local.
De acordo com a defesa, “não houve ilegalidade” nas ações de Sandro, que não aparece nas imagens carregando documentos, mas sim acompanhado de outra pessoa que se encarrega do levar os arquivos. Toledo questiona ainda o porquê de não ter havido buscas no gabinete de Liliane Roriz, onde foram comprovadamente subtraídos documentos.
O outro parlamentar envolvido nas ações desta segunda, Bispo Renato, informou, em nota, que “não tem conhecimento de nenhum ato ilícito” envolvendo seu ex-assessor Alexandre Braga Cerqueira. O deputado aproveitou para reafirmar sua inocência e defender o esclarecimento dos fatos. Já Celina Leão vai se pronunciar apenas à tarde.
PublicidadeA terceira fase da Operação Drácon foi deflagrada nesta segunda, na véspera do julgamento do recurso apresentado por Celina Leão junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) para retomar seu mandato na presidência da Casa. Caso o recurso da defesa seja acatado, todos os membros da Mesa Diretora envolvidos retomariam os cargos.
Já o promotor Clayton Germano, afirma que a manutenção do afastamento da Mesa é essencial para o bom andamento das investigações. “A manutenção do afastamento cautelar da Mesa Diretora ainda se faz necessário, tendo em vista que as investigações estão em curso, outros fatos estão sendo analisados e um fato tão grave como a subtração de provas demonstra isso”, defendeu o promotor.