A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, saiu em defesa da Corte nesta terça-feira (5) e divulgou um vídeo no qual diz que os fatos relatados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, agridem, “de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional” da Corte e a honra “de seus integrantes” (assista ao vídeo abaixo).
Na tarde de ontem (segunda-feira, 4), Janot convocou coletiva de imprensa às pressas para anunciar que as delações da JBS poderão ser anuladas. O procurador-geral afirmou que os delatores do grupo empresarial entregaram áudio com gravação de quatro horas com menções a ministros do Supremo, parlamentares e um ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, Janot classificou as conversas como “gravíssimas” e de conteúdo “exotérico”.
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Diante das alegações, a ministra pediu urgência e prioridade na apuração, “profunda e definitiva das alegações”, em respeito aso cidadãos brasileiros e também à honra do Judiciário.
Cámem Lúcia afirma ter enviado a, o diretor-geral da Polícia Federal e ao procurador-geral da República um ofício exigindo a investigação imediata, “com definição de datas para início e conclusão dos trabalhos a serem apresentados”. “Afim de que não fique qualquer sombra de dúvida sobre a dignidade deste Supremo”, alega a ministra.
Nesta terça-feira (5), o ministro Edson Fachin retirou o sigilo do áudio de conversa entre o empresário Joesley Batista e o diretor de relações institucionais da J&F, Ricardo Saud, que motivou a abertura do processo de revisão do acordo de colaboração da JBS. Devido às menções feitas pelos delatores em diálogos com exposições intimas, Janot havia enviado o áudio ao STF sob segredo de Justiça.
Assista ao depoimento na íntegra:
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