Após aceitar o pedido de impeachment dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou que, após as indicações, haverá sessão plenária às 18 horas para confirmar a formação do colegiado. Em seguida, os integrantes se reunirão para eleger, em votação secreta, o presidente e o relator. Esse último redigirá o parecer sobre a denúncia que pode acarretar o impedimento da presidente.
Leia também
Todos os partidos que ocupam cadeiras na Câmara devem ser representados no colegiado. O número de representantes varia de acordo com a proporcionalidade da bancada, mas todas devem possuir no mínimo um integrante. Como o PT é o mais numeroso da Casa, com 69 deputados, haverá oito petistas na comissão. Dois deles já estão definidos. A legenda divulgou nota afirmando que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PE), e o líder do partido, Sibá Machado (AC), serão titulares.
Correligionários de Cunha, o principal algoz de Dilma no Legislativo, estão em mesmo número. O PMDB será representado por oito deputados. Já o PSDB contará com seis congressistas no colegiado.
Na terça-feira (8), é a vez de o presidente da Câmara voltar a ser alvo. Na quarta passada (2), a discussão e a deliberação do Conselho de Ética da Câmara sobre o parecer preliminar pela admissibilidade da representação contra Cunha, que pede a perda do mandato do peemedebista por quebra de decoro parlamentar, foram adiadas pela quarta vez. O colegiado deverá decidir sobre o futuro do deputado nesta semana.
Plenários
A pauta do plenário da Câmara ainda está trancada pelo Projeto de Lei 3.123/15, do poder Executivo, que regulamenta o teto salarial do funcionalismo público. O substitutivo descaracteriza o proposto pelo governo. Pelo texto que será apreciado primeiro, os servidores poderão receber até mais que o dobro do atual teto, que é de R$ 33,7 mil, ou seja, mais de R$ 67,5 mil.
Já os senadores deverão deliberar sobre a Medida Provisória 691/15, que versa sobre a administração, a alienação, a transferência de gestão de imóveis da União e seu uso para a constituição de fundos. O texto, que já foi aprovado pela Câmara, permite que terrenos da Marinha sejam comercializados como propriedade privada. Ainda institui que o montante arrecadado com as vendas deve ser destinado ao Programa de Administração Patrimonial da União (Proap).