A aprovação do convite é o resultado de um acordo feito entre líderes do governo e da oposição ontem (27). Governistas admitem a presença de Cardozo no Congresso para falar sobre a Porto Seguro, que investiga a atuação de um grupo formado por servidores públicos e agentes privados infiltrado em sete órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos em benefício de interesses particulares.
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O requerimento foi apresentado pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE). O texto foi alterado para transformar a convocação em convite. No primeiro caso, existe a obrigação de comparecer ao Congresso. No segundo, Cardozo pode recusar. Porém, ele deve comparecer, já que sua presença estava confirmada na Comissão de Segurança Publica. Na mesma sessão da CFFC, foi apresentado um requerimento para audiência conjunta entre as duas sessões pelo deputado Edson Santos (PT-RJ).
O acordo também passou pelo Senado. Parte da oposição concordou em trocar a convocação por convite ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, e o diretor-geral da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo. Se depender de governistas, estes serão os únicos integrantes do governo a irem ao Congresso prestar esclarecimentos.
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Ontem, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendeu o convite a Cardozo. “Achamos apropriado que o ministro José Eduardo Cardozo venha, por meio de um convite, explicar toda a operação, suas implicações e dimensões. Na nossa opinião, isso é suficiente”, afirmou. Para ele, a convocação dos demais é exagero. Chinaglia também qualificou a intenção de convidar Lula como “brincadeira”.
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