A proposta deverá ser analisada novamente na próxima semana. Mas é possível que acabe adiada novamente pela permanência da falta de acordo. O relator da proposta, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), ficou reunido por toda a tarde com vários deputados mas não conseguiu levar a votação adiante.
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Segundo o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), os partidos ainda querem discutir vários pontos polêmicos da proposta, sendo que o principal é o que versa sobre a regulamentação das “exceções de neutralidade” da rede, que determina que os provedores tratem da mesma forma todos os pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, serviço, origem ou aplicativo. Inicialmente, o texto previa que a velocidade da internet não poderia variar de acordo com o site acessado ou pelo serviço consumido, mas uma emenda incluída de última hora permite restrições de acesso à rede. O temor é que as empresas passem a cobrar adicionais por determinados tipos de acesso. No entanto, até partidos da base aliada, como PMDB e PSD pretendem apresentar emendas nesse sentido. Eles argumentam que a proibição de tarifas fere a livre concorrência.
O projeto de lei 2126/2011 estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no país. O texto foi apresentado pelo Poder Executivo em agosto de 2011 e é tido como uma Constituição do mundo virtual.
Além do Marco Civil da Internet, também estavam na pauta de votação e, da mesma forma, foram retirados, o projeto que cria o novo Código Brasileiro da Aeronáutica e o criação de novos tribunais regionais federais, mas foram retirados.
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