Câmara quer acelerar fim do 14º e 15º salários
Câmara deve votar fim do 14º e 15º amanhã
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O projeto foi aprovado no Senado em maio do ano passado. Hoje os deputados mantiveram o texto para evitar que o benefício permanecesse sendo pago. O relator da matéria na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), Afonso Florence (PT-BA), e outros parlamentares pensaram em implantar uma ajuda de mudança proporcional à distância do estado para Brasília, mas acabaram descartando a ideia para não atrasar a aprovação.
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Com a mudança, o contribuinte vai economizar cerca de R$ 97 milhões a cada quatro anos com os benefícios pagos aos 594 deputados e senadores. A ajuda de custo mantida significará uma despesa de aproximadamente R$ 30 milhões a cada mandato de quatro anos.
A matéria só foi aprovada após pressão da sociedade. A Câmara passou 2011 resistindo abrir mão do benefício, criado em 2006. O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), disse que a decisão seria “serena”, mas não de responsabilidade dele. “O mérito, a favor ou contra, não é do presidente, mas de toda essa Casa”, avisou, antes de colocar o projeto em votação.
PublicidadeRubens Bueno (PPS-PR) disse que a decisão de extinguir os salários extras era uma “reverência à sociedade”. “Qual trabalhador neste país recebe 14º e 15º?”, perguntou.
14º e 15º salários
Custo ao ano: R$ 31,7 milhões |
Por que não quis!
O deputado Reguffe (PDT-DF) fez questão de dizer em plenário que nunca recebeu 14º e 15º salários desde que assumiu o mandato. O anúncio nos microfones irritou Chiquinho Escórcio (PMDB-MA) e Sílvio Costa (PTB-PE). No lado esquerdo do plenário, Escórcio gritava contra Reguffe: “Por que não quis! Por que não quis! Não precisa”. Sílvio Costa, que defendeu a votação simbólica para evitar a exposição dos colegas “midiáticos”, foi ao microfone: “Vossa Excelência não vai virar a estrela daqui”.
Para encerrar discursos e debates, Alves pediu celeridade e o fim dos debates em plenário. “Isso era para ser rápido. Ninguém está aqui para fazer caça às bruxas”, afirmou o presidente. O presidente da Câmara foi aplaudido pelos deputados. Mesmo assim, os debates continuaram. Anthony Garotinho (PR-RJ) falou em “imoralidade” com o dinheiro público. Não foi aplaudido por ninguém no plenário.
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