Pouco antes do início do intervalo admitido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, durante a sessão, realizada nesta quinta-feira (25) no Senado, para ouvir testemunhas arroladas por defesa e acusação no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Ronaldo Caiado (DEM-GO) solicitou a suspeição da depoente de defesa Esther Dweck.
O pedido foi realizado após Lewandowski ter atendido à provocação do advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, e declarado o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, como informante. A decisão do presidente da sessão foi tomada após o procurador ter admitido que participou do movimento Vem pra Rampa a fim de incentivar ministros do TCU a rejeitarem as contas da gestão de presidente afastada.
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Esther Dweck, que respondia pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF), foi nomeada para prestar serviço no gabinete da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), umas das principais defensoras da ex-presidente.
“A cessão da servidora foi deferida no dia 18 de agosto, portanto muito anterior ao início da sessão. Artigo 214 fala sobre suspeita de parcialidade de testemunhas. Minha questão de ordem pede que se declare suspeição sobre a imparcialidade de uma servidora claramente vinculada à bancada de defesa da presidente”, explicou Caiado.
O presidente da sessão Ricardo Lewandowski admitiu o fundamento da questão de ordem e afirmou que a ponderação será respondida no momento em que a testemunha citada for chamada para depor.
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