Temos registrado aqui outras peculiaridades, nem sempre tão claras, da presente conjuntura. Na edição 14 da Revista Congresso em Foco, que circulou no final de 2014, mostramos que a combinação de crise política e econômica com as turbulências causadas pela Operação Lava Jato levariam o Brasil a passar por “dois anos de purgatório” até criar condições de retomar o crescimento, previsão que àquela altura muitos tomaram como pessimista (hoje não mais).
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Chegamos a março de 2015 mostrando o jogo do PMDB para aprofundar a fragilidade de Dilma, por “ver na crise a oportunidade ideal para aumentar seu poder” (edição 16). Dois meses depois, na edição seguinte (17), refletíamos sobre a inédita força que o Parlamento alcançara sob a batuta de Renan e Cunha. Força, apontávamos, usada para produzir “aberrações” legislativas ao mesmo tempo em que os presidentes do Senado e da Câmara se recusavam a fazer o elementar, que naquele momento ninguém lhes cobrava: o afastamento dos cargos “até que ficasse provada sua inocência” nas bilionárias roubalheiras do petrolão, pelas quais ambos são investigados.
Na edição mais recente da nossa revista bimestral, abordamos dois temas que nos sugerem novas formas de pensar a crise, justificando uma vez mais a necessidade de uma publicação que procure ver as coisas além do imediatismo que nos consome a cada dia. Enquanto alguns alardeiam a fortaleza das instituições nacionais, documentamos sua incrível debilidade. Os famosos 7 a 1 impostos pela Alemanha são brincadeira de criança comparados com a surra que o banditismo político impõe à nação. Desde a Constituição de 1988 mais de 500 parlamentares federais foram alvo de acusações criminais apresentadas à Suprema Corte pelo Ministério Público. Só 16 foram condenados e apenas oito cumpriram – ou cumprem – pena de prisão. A impunidade dos poderosos é componente fundamental da descrença dos brasileiros nos políticos e na política. E o que se ouve por aí? “Ah, político é tudo igual”. “Sempre foi assim e sempre será”. “Certo estava Bezerra da Silva: ‘Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão’”.
Apesar da visão crítica que cultivamos por dever de ofício, a experiência de acompanhar o Congresso nos mostra diariamente que a realidade não é essa. Não existem políticos sem defeitos, assim como seres humanos perfeitos são personagens restritos ao universo da ficção. Mas há, sem dúvida, mulheres e homens que se destacam positivamente na Câmara e no Senado. Pela dedicação ao mandato. Pelo preparo intelectual e participação nos debates. Pela capacidade de articulação. Pela oratória e poder de comunicação. Pelas leis que resultaram da sua atuação. Ou pela defesa que fazem de certas bandeiras. O Prêmio Congresso em Foco, que neste ano será entregue pela nona vez, é uma oportunidade de estimular a sociedade a apontar, ela própria, quem são esses congressistas (entre aqui para votar).
Reconhecê-los é um exercício sempre difícil num país cujo sistema político é moldado pela força do poder econômico, da corrupção, do fisiologismo, do aparelhamento estatal e do marketing enganoso. Mas é imperioso para identificar os aliados na travessia que a sociedade brasileira há de fazer para dar a política a dimensão nobre que ela deve ter. Esse percurso passa tanto pela premiação dos melhores quanto pela punição dos bandidos que deveriam estar na cadeia, mas encontraram no mandato parlamentar proteção para cometer crimes impunemente. Nos dois casos, sem partidarismos e colocando o jornalismo acima de qualquer outro interesse, queremos ajudar a cidadania a encontrar luz em meio ao nevoeiro que nos atormenta.
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Como as decisões são tomadas pela maioria e a maioria estão tomados pelo crime organizado, as pessoas de bem, se tornam inúteis, tanto no legislativo, no judiciário e no executivo.
Todo mundo sabe que a estrutura institucional do governo, assim como as mídias jornalísticas, escritas, televisivas, são patrocinados pelo poder financeiro centralizado pelos bancos e oligopólios, tanto nacional como transnacional.
O poder dos conglomerados financeiros é tanta que, hoje é o maior força de convencimento para as tomadas de decisões dentro dos poderes constituídos, chegando a ter o controle total da tão propalada Dívida Pública.
Creio que não há como sanar essa situação, a não ser que haja ao menos um golpe parcial, talvez com a ajuda das Forças Armadas.
Contudo uma decisão nesse sentido pode resultar em situações imprevisíveis, caso tome direções erradas ou haja uma cisão com as financiadoras
A condição principal seria que todo aquele que tivesse um processo siquer em andamento ou julgado em 1ª instância não pudesse participar. Aí seria uma pesquisa e avaliação corréta. Talves nem houvesse o prêmio mas seria a verdade nu a crua !!!!!! Chega de enganação !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!