Antônio Carlos Rodrigues, ex-ministro dos Transportes e presidente nacional do PR, se entregou à Polícia Federal (PF), em Brasília, na tarde desta terça-feira (28). Ele era considerado foragido desde a última sexta (24), quando sua prisão foi decretada na mesma operação que prendeu os ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho.
Antônio Carlos é acusado de corrupção, participação em organização criminosa e de falsidade ideológica eleitoral. As investigações da PF apontam que contratos de fachada eram usados para repasses irregulares, usados em campanhas eleitorais dos acusados. A investigação teve início com as delações dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS e atualmente presos em São Paulo, acusados de crimes financeiros.
Os acusados teriam pedido propina à JBS, paga por meio de um contrato de fachada com uma empresa com sede em Macaé (RJ) para prestação de serviços de informática. Entretanto, os serviços jamais teriam sido executados e os R$ 3 milhões pagos pelo contrato foram desviados para os acusados.
O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que Antônio Carlos negociou com o ex-governador Garotinho e com a JBS para que a propina fosse paga em forma de doações eleitorais. Até o momento, a defesa do ex-ministro não se manifestou sobre a prisão.
O Partido da República tem se esquivado de comentar a situação judicial de seus caciques. Mas, por meio de nota que tem sido usada em cada denúncia, diz que não comenta decisões do Judiciário.
“Sobre as notícias relacionadas a decisões judiciais que dizem respeito aos dirigentes republicanos nesta data [22 de novembro], a Assessoria de Imprensa do Partido da República Nacional esclarece: a legenda republicana não oferece comentários sobre decisões judiciais. O mesmo se aplica aos conteúdos que aguardam pelo exame do Poder Judiciário”, diz o comunicado assinado por Vladimir Porfírio, porta-voz do PR.
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