Dois dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu prisão domiciliar à jornalista Andrea Neves, a irmã do senador afastado Aécio Neves deixou o complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. Com base na delação premiada de Joesley Batista, um dos donos da holding J&F, Andrea é acusada de intermediar repasse de R$ 2 milhões do empresário ao irmão Aécio Neves.
Na madrugada desta quinta-feira (20), próximo das 4h da manhã, Andrea foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, levada pela Polícia Federal para uma casa em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.
Andréa é investigada no mesmo inquérito que seu irmão, no STF. Com os dois, também estão Frederico Pacheco, primo de Aécio, e Mendherson Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG). A Polícia Federal filmou repasses a Frederico. Uma parte do dinheiro destinado ao senador tucano também foi repassado a Mendherson.
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O mesmo benefício concedido a Andrea foi estendido a Frederico e Mendherson pelo STF. Todos também usarão tornozeleira eletrônica, terão que entregar o passaporte e estão proibidos de ter contato com investigados.
A prisão de Andrea foi decretada no dia 18 de maio. Na ocasião, Mendherson e Frederico também foram presos em decorrência de etapa da Operação Lava Jato batizada “Patmos”, nome da ilha grega onde o apóstolo João escreveu o Livro do Apocalipse.
Andrea foi presa com base em suspeita de sua participação em esquema de repasse ilícito de dinheiro por meio do Grupo JBS, entres outras razões, em denúncia que envolve o senador – que também tem pedido de prisão, feito pela Procuradoria-Geral da República, pendente de análise do STF.
Na última semana, Andrea Neves teve pedido negado pela Primeira Turma do Supremo, que nessa terça-feira (20), por meio de um recurso da defesa, resolveu voltar atrás e deixar que Andrea cumpra prisão domiciliar.
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