O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) fez um apelo para que outro nome fosse escolhido para a relatoria. “Já que somos juízes e estamos começando a primeira fase do julgamento, faço um apelo: fica melhor para essa comissão ter um relator como o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), como Roberto Rocha (PSB-MA)”. Lindbergh argumentou que a escolha de um nome do PSB conferiria mais imparcialidade aos trabalhos da comissão. No entanto, durante a votação, o próprio Bezerra orientou que o partido votasse a favor da indicação de Anastasia para a relatoria do colegiado.
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“Não há como sustentar esse debate, é pura implicância com o senador Anastasia. É Birra, quizila, chicana”, disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). Para ele, o argumento dos colegas governistas não se sustenta, pois a indicação feita pelo PMDB para a presidência não foi questionada – sendo que o partido de Michel Temer é o mais beneficiado caso o impeachment se concretize.
Mais cedo, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi eleito, por aclamação, presidente da comissão especial do impeachment. “Tenho certeza de que os aqui estão sabem que nas próximas semanas os olhos do país estarão voltados para esta Casa e que os olhos desta Casa estarão voltados para esta comissão que se instala”, discursou Raimundo Lira. Segundo ele, a comissão “não pode falhar em assegurar ampla defesa e direito ao contraditório”.
O parecer da comissão será enviado ao plenário, onde sua aprovação dependerá da maioria simples entre os senadores. Na Câmara, eram necessários pelo menos 342 votos para a autorização do processo de impeachment. O parecer foi aprovado por 367 deputados. Caso o Senado autorize a abertura do processo, Dilma deverá se afastar do mandato por até 180 dias, até que seja submetida a julgamento.
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