Quatro dos seis acusados de envolvimento na suposta organização criminosa comandada pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preferiram ficar em silêncio para não produzir provas contra si mesmos nos depoimentos previstos para esta quarta-feira (30) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Como, na prática, os depoimentos não ocorreram, os integrantes da comissão retomaram a votação de requerimentos.
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Compareceram à CPMI hoje Cláudio Abreu, ex-diretor da empresa Delta no Centro-Oeste, José Olímpio de Queiroga Neto, apontado como um dos gerentes da organização investigada, Lenine Araújo de Souza, investigado como contador da organização, e Gleyb Ferreira da Cruz, apontado como “laranja” de empreendimentos de Cachoeira. Todos ficaram em silêncio. Rodrigo Moral Dall Agnol não compareceu.
Já Jaime Eduardo Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) e convocado como testemunha, apresentou um atestado médico à CPMI e foi dispensado. De acordo com o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), ele está sendo tratado após sofrer um aneurisma cerebral. “Vamos conversar com a equipe médica para saber quando será a nova data”, disse o peemedebista.
Apesar de exercer o direito de não se incriminar, Lenine se comprometeu a colaborar com a CPMI após a realização das audiências de instrução previstas para amanhã (31) e sexta-feira (1) na Justiça Federal em Goiânia. “Não sei o que vai me incriminar. Quero deixar claro que quero colaborar depois da instrução”, afirmou. Ele disse que se sente “humilhado e injustiçado” pela prisão e a forma que tem sido tratado desde então. “Não me considero braço direito do senhor Carlos.”
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