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Durante quase seis minutos nesta manhã, Cristiano negou ter mentido no ar, criticou a decisão da Polícia Federal de não ter aguardado o ex-governador concluir o programa, leu uma carta da defesa de Garotinho e, por fim, agradeceu pela “repercussão” do seu improviso na internet e na imprensa.
“Falei alguma mentira? Quem é ouvinte do programa sabe que na terça eu já havia feito o programa do Garotinho porque ele estava sem voz. Todo mundo sabe aqui. Está registrado no Facebook da rádio Tupi. Ontem, quando fiz a passagem do programa do Clovis Monteiro para o do Garotinho, falamos da rouquidão. Perguntei se ele estava pronto para trabalhar. Ele disse que sim. Eu falei ‘qualquer coisa estou por aqui”, relatou o radialista.
Confira as explicações dadas pelo apresentador no programa desta quinta-feira:
Cristiano disse que foi pego de surpresa ao ser chamado às pressas para substituir Garotinho no ar e que não sabia da prisão do ex-governador. “Fui acionado para assumir o programa novamente. Nada mais coerente, o que mais poderia passar pela minha cabçea a não ser que o Garotinho não aguentou fazer o programa porque estava sem voz novamente.”
O radialista leu uma nota de defesa de Garotinho repudiando os motivos da prisão e atribuindo a decisão de mandá-lo para prisão domiciliar a uma tentativa de silenciá-lo e impedir que ele fizesse denúncias contra políticos. Os advogados do ex-governador alegaram que o ex-governador deveria ter sido levado apenas a conclusão do programa.
Quero agradecer a oportunidade que tive ontem de expor essa bela voz que Deus me deu nos maiores canais de televisão, porque deram repercussão, o que incomodou muita gente. Muito obrigado a todos que falaram. E como vovó me dizia: ‘falem mal, mas falem de mim’”, disse o apresentador, sob aplausos de colegas de estúdio.
Prisão domiciliar
Os agentes cumpriram mandado de prisão domiciliar contra Garotinho, que foi levado para o município de Campos (RJ), onde tem residência.
A prisão foi determinada nesta quarta pelo do juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral. O magistrado também determinou que o ex-governador utilize tornozeleira eletrônica, fique impedido de usar telefone celular e tenha contato apenas com familiares próximos e advogados. Para o juiz, a prisão de Garotinho é necessária porque, segundo o magistrado, há fortes indícios de que o grupo liderado por ele segue cometendo crimes, destruindo provas e ameaçando testemunhas.
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