Em nota divulgada na noite deste sábado (30), o candidato do PV à presidência da República, Eduardo Jorge, criticou o recuo da coligação “Unidos pelo Brasil”, que voltou atrás e eliminou ou alterou trechos do programa de governo em que se comprometia a articular com o Congresso a aprovação de propostas para a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e transexuais).
De acordo com a campanha da coligação, encabeçada pela presidenciável Marina Silva (PSB), houve “falha processual na editoração”, pois o texto divulgado inicialmente “não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo”.
“Bastou um influente pastor reclamar e ameaçar uma guerra santa e a campanha do PSB recuou em dois pontos essenciais: no reconhecimento do direito ao casamento para as pessoas que querem ver respeitada sua livre orientação sexual e na gravidade dos crimes de homofobia”, criticou Eduardo Jorge, em referência às críticas do líder da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, ao programa de governo de Marina Silva.
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À Folha de S. Paulo, Malafaia declarou que “Marina não fez a correção por causa das minhas críticas”, mas porque “ela sabe que não pode contrariar o povo evangélico”. Segundo ele, “até o mais ignorante dos evangélicos sabe o que é um casamento gay”. A presidenciável do PSB também é evangélica, da Assembleia de Deus. “Será pra valer a promessa do PSB de adotar uma política laica se vencer a eleição?”, indagou Eduardo Jorge na nota.
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