A passagem do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pela França nesta quinta-feira (26) virou palco para protestos contra o desmatamento na Amazônia e a política ambiental do governo Bolsonaro. O ato, organizado pelo Greenpeace, aconteceu na frente da embaixada brasileira em Paris, no momento momento em que Salles participava de uma reunião com empresários franceses na embaixada.
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Em viagem oficial durante toda a semana, o ministro Ricardo Salles marcou presença na Assembleia Geral da ONU, nos Estados Unidos, e depois seguiu para a França para participar de um encontro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que ocorrerá nesta sexta-feira (27). Ele também aproveitou a passagem em Paris para conversar com empresários e investidores franceses. Segundo a assessoria do Ministério do Meio Ambiente, o ministro estava nesta reunião de negócios no momento do protesto do Greenpeace. A assessoria destacou, por sua vez, que as manifestações ocorreram do lado de fora da embaixada e, por isso, não interferiram no andamento da reunião.
O Greenpeace Brasil informa que os manifestantes levaram cartazes, em que frases do ministro do Meio Ambiente foram postas em contraposição com dados científicos sobre o desmatamento no Brasil, para o ato. Uma faixa também criticava a política do governo Bolsonaro na Amazônia: “Bolsonaro, Amazon-Killer”, (Bolsonaro, assassino da Amazônia, na tradução em português), dizia uma delas.
Segundo a organização, o material está sendo chamado de “Fakebook do Ricardo Salles” e foi distribuído para representantes de governos e da imprensa de todos os locais por onde o ministro passará na viagem pela Europa. Os escritórios do Greenpeace organizaram também uma série de manifestações. “O protesto é para lembrar que o que o ministro está tentando com o discurso dele demonstrar simplesmente não é verdade. A gente está fazendo protestos pela verdade, digamos assim”, afirma Márcio Astrini, coordenador de políticas públicas do Greenpeace Brasil.
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PublicidadeO representante da ONG ressaltou ainda que não houve invasões ou bloqueio do prédio da embaixada. As manifestações foram só “na rua com barulho”. “Nesta história toda, a única coisa que está bloqueada são as operações do Ibama. A única invasão que está tendo é invasão de terra indígena”, complementa Márcio Astrini.
Segundo a organização WWF Brasil, só no mês de agosto, a área com alerta de desmatamento foi de 1.394 km² de desmatamento – área 120% maior que a do mesmo mês do ano anterior. Somente nos primeiros oito meses deste ano, a área total desmatada na floresta tropical foi 62% maior do que o observado durante este mesmo período em 2018.
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