O Pantanal mato-grossense encerrou o mês de outubro com 2.856 focos de incêndio registrados, o maior número desde o início das série histórica em 1998. No ano, o bioma já registou mais que o dobro de focos de incêndio no ano passado, segundo dados do Projeto Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Dados do Instituto apontam que foram registrados 21.115 focos de incêndio no pantanal até este sábado dia 31 de outubro. Durante todo o ano de 2019, foram registrados 10.025. O total de 2020 é 12,4 vezes maior que os 1.691 focos registrados em 2018, último ano da gestão de Michel Temer.
Na comparação mensal, o pantanal quebrou recordes de queimadas nos meses de março, abril, julho, setembro e outubro. O total de focos também superou os anos de 2002 e 2005, antigos recordes de focos ativos.
A Amazônia é outro bioma que sofreu alta no número de focos ativos em outubro de 2020: apesar dos 17.326 focos registrados não serem um recorde para o mês, o número é mais que o dobro dos 7.855 focos registrados em 2019. O Inpe já registrou 93.356 focos de incêndio ativos neste ano dentro da Amazônia, contra 89.176 durante todo o ano passado.
Os dados confrontam o discurso adotado pelo presidente Jair Bolsonaro, para quem a floresta equatorial não tem sido alvo de incêndios.
Outro bioma que tem presenciado um aumento do número de queimadas são os pampas, localizados no sul do Brasil. Entre janeiro e outubro, as planícies campestres tiveram 1.602 focos de incêndio, número que deve quebrar os recordes históricos registrados em 2003 e 2004.
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A rosca do Cantando Meloso também queimou o dobro em 2020.
VTNC, UOL.