Uma nova atualização dos dados do sistema DETER, do Instituto de Pesquisas Espaciais revela que ao longo do mês de agosto de 2021, foram acionados alertas de desmatamento em 918km² da floresta amazônica. Esse valor é 32% menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, mas ainda está 42,7% do registrado em agosto de 2018.
O levantamento também aponta para um padrão no acúmulo de desmatamento entre os meses de janeiro e agosto, em que 2021 ficou como terceiro ano seguido de acúmulo de mais de 6000km² de floresta desmatada na Amazônia.
Rômulo Batista, porta-voz do movimento Greenpeace, considera essas taxas como um padrão característico da gestão do presidente Jair Bolsonaro. “Nesta gestão ainda não existe estratégia capaz de conter os altos níveis de destruição. O fortalecimento dos órgãos ambientais, a criação de unidades de conservação e terras indígenas, o combate à grilagem deveriam ser prioridades. Mas ao invés disso, temos acompanhado as ações dos poderes executivo e legislativo no caminho contrário, estimulando a destruição ambiental ao invés de punir e coibir o crime”, afirma.
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Recente estudo do movimento Transparência Internacional associa a crise ambiental a questões mais profundas. De acordo com documento coordenado pelo pesquisador Vinicius Reis, do Centro de Conhecimento Anticorrupção da Transparência Internacional no Brasil, “a corrupção é um problema complexo e estrutural do nosso país. E sua interferência na formulação de leis, na estrutura das instituições e na capacidade do Estado em enfrentar os crimes ambientais ilustra como é importante olharmos para esses dois temas de forma integrada”, explica.
O Congresso em Foco enviou questionamentos ao Ministério do Meio Ambiente sobre quais são os planos da pasta para lidar com o desmatamento na Amazônia, e ainda aguarda resposta.
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