O governo federal exonerou a coordenadora-geral de Observação da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Lubia Vinhas. A exoneração se deu após a divulgação dos dados sobre desmatamentos na Amazônia no fim da semana passada. Ela era a responsável pelos sistemas Deter e Prodes, que acompanham a região.
A exoneração foi assinada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, pasta a qual o Inpe é subordinado. O Ministério foi indagado sobre a razão da exoneração, mas ainda não se pronunciou.
De 1º de janeiro a 30 de junho deste ano, o Brasil perdeu 3.070 quilômetros quadrados de floresta amazônica, segundo dados do Inpe, divulgados na última sexta-feira (10). A área perdida equivale a duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. O total representa 26% a mais do que o mesmo período do ano passado. Os números referem-se aos 11.822 alertas de desmatamento nos primeiros seis meses do ano. Somente em junho deste ano, foram desmatados 1.034 km2, uma área 11% superior a junho de 2019.
O desmatamento ocorreu em toda a Amazônia Legal, mas, conforme o Congresso em Foco mostrou, foi pior no Pará (1.212 km2), Mato Grosso (715 km2) e Amazonas (539 km2). Os municípios campeões do desmatamento foram os paraenses Altamira (351 km2) e São Félix do Xingu (201 Km2), seguidos por Apuí (155 Km2), no sul do Amazonas.
O desmatamento em 2020 será maior do que em 2019, ano em que o Brasil registrou recorde de derrubada de vegetação nos últimos 10 anos, segundo dados do Inpe. O alerta veio dos sistemas Deter e SAD. Entre agosto de 2019 e abril de 2020, as taxas mensais de desmatamento ficaram todas acima das do período anterior.
O calendário do desmatamento vai de agosto do ano anterior até julho do ano corrente. Seguindo esse calendário é possível afirmar que no Pará, o aumento do desmatamento atingiu 170%, totalizando 233.011 hectares. Em toda a Amazônia Legal o desmatamento foi de 566.624, o que representa uma tendência de aumento de 94% em relação ao mesmo período do calendário anterior, ou seja, de agosto de 2018 a abril de 2019. Os alertas são do Deter.
Os dados do Inpe mostram ainda que o número de queimadas no bioma Amazônia durante junho de 2020 foi o maior observado para o mês em 13 anos. Foram registrados 2.248 focos de calor no último mês o que representa um aumento de 19,57% em relação ao registrado em junho de 2019, quando foram detectados 1.880 focos. Nos seis primeiros meses de 2020 foram 10.395 focos em todo o país, contra 8.821 no mesmo período do ano passado. Uma crescimento de 17,8%. Os estados da Amazônia Legal registraram 4.596 focos ativos de incêndio em junho. O número é próximo ao apresentado para o mesmo mês em 2019 (4.838), o que segundo o Inpe já era superior às contagens desde 2015.
Não entendi esse banzé todo, a mulher continua no INPE e na sua função de pesquisadora, ela mesma disse que o coordenador do setor era outro!
É mais um péssimo sinal para os investidores. A imagem do Brasil piora quase dia a dia e esse governo não tem a mínima ideia do mundo lá fora. O tratado Mercosul-UE corre perigo como também a entrada na OCDE. São trapalhadas e mais trapalhadas! Nem pragmático esse governo consegue ser!