O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organização ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgou nota crítica a declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). No sábado (1), o político defendeu a revisão da demarcação das terras indígenas e disse os índios “têm as mesmas necessidades que nós” e são “iguaizinhos a nós”.
Na última sexta-feira (30), o presidente também falou: “Ninguém quer maltratar o índio. Agora, veja, na Bolívia temos um índio que é presidente. Por que no Brasil temos que mantê-los reclusos em reservas, como se fossem animais em zoológicos”.
Para o Conselho, a equiparação feita por Bolsonaro entre os povos indígenas e animais em zoológicos é “inaceitável”. Segundo a organização, a declaração do político indica que as terras indígenas podem ser entregues a quem tem interesse na exploração desses territórios.
“O fato é que a Constituição Brasileira de 1988, que em seu Artigo 231 reconhece a legitimidade e o direito dos povos indígenas à sua organização social, aos seus usos, costumes, crenças, tradições e às suas terras originárias; é a mesma Lei Maior de nosso país que obriga o Estado brasileiro a promover a demarcação, a proteção e fazer respeitar todos os seus bens nelas existentes”, diz a carta.
Segundo o Cimi, o presidente eleito “demonstra profunda ignorância” quanto ao teor da Constituição no que diz respeito às terras indígenas. A nota diz ainda que as palavras de Bolsonaro incentivam ações contra os povos indígenas.
Leia a seguir a íntegra da nota:
Publicidade“Nota do Cimi sobre as agressões do Presidente eleito contra os Povos Originários do Brasil
Bolsonaro insiste em equiparar os povos a animais em zoológicos, o que é, por si só, inaceitável. Ao fazer isso, o presidente eleito sinaliza que os povos podem ser caçados e expulsos por aqueles que têm interesse na exploração dos territórios indígenas e que pensam como ele.
O presidente eleito retoma o discurso integracionista, marca dos governos ditatoriais das décadas de 1960 a 1980. A ideologia do integracionismo deu margem para ações de agentes estatais e privados que resultaram no assassinato de ao menos 08 mil indígenas no período citado, como atesta o Relatório da Comissão Nacional da Verdade.
Ao afirmar que as demarcações de terras indígenas no Brasil teriam origem em pressões externas, o presidente eleito falta com a verdade. O fato é que a Constituição Brasileira de 1988, que em seu Artigo 231 reconhece a legitimidade e o direito dos povos indígenas à sua organização social, aos seus usos, costumes, crenças, tradições e às suas terras originárias; é a mesma Lei Maior de nosso país que obriga o Estado brasileiro a promover a demarcação, a proteção e fazer respeitar todos os seus bens nelas existentes.
Além disso, o presidente eleito tem a obrigação de saber, também, que o direito dos povos às suas terras é reconhecido oficialmente desde o Alvará Régio de 1º de abril de 1680, ainda durante o Período Imperial, bem como, desde 1934, em todas as Constituições brasileiras.
Ao insinuar que as demarcações de terras indígenas poderiam dar origem a novos países dentro do Brasil, o presidente eleito ignora o histórico de luta dos povos originários em defesa das fronteiras do nosso país ao longo da história. Demonstra ainda profunda ignorância quanto ao teor da nossa Carta Magna que elenca as terras indígenas como Bens do Estado brasileiro (Artigo 20), registrados como patrimônio da União nos Cartórios de Imóveis locais e na Secretaria de Patrimônio da União, de acordo com o Decreto 1775/96, que regulamenta os procedimentos administrativos correspondentes.
Além de extremamente desrespeitosas para com os povos, as declarações do presidente eleito dão guarida ideológica para a inoperância do Estado em efetivar o direito dos povos esbulhados historicamente de suas terras, bem como, para ações ilegais e criminosas de invasão, loteamento, venda e apossamento de lotes, desmatamento e estabelecimento de unidades de produção no interior de terras indígenas já regularizadas, que caracterizam a mais nova faze de esbulho possessório em curso no Brasil contra os povos.
Por fim, é inequívoco que as palavras do presidente eleito servem de incentivo e referendam as ações que atentam contra a vida dos Povos Indígenas no Brasil, antagônicas, portanto, ao dever do Estado de efetivar as demarcações, a proteção dos territórios e da vida destes povos.
Diante de tantas agressões, o Conselho Indigenista Missionário-Cimi manifesta irrestrita solidariedade aos 305 povos indígenas brasileiros e reafirma o compromisso histórico e inquebrantável de estar junto com os mesmos na defesa de suas vidas e seus projetos de futuro.
Brasília, DF, 01 de dezembro de 2018
Conselho Indigenista Missionário – Cimi”.
Deus está no controle. Não se desespere IE. Ele te abençoa.
MENTIROSO TROLL SHUT UP!!
Índio é gente também. Agora esse negócio de Estado ficar tutelando índio, dando terra pra eles caçarem macaco o dia todo tá errado. Tem que extinguir a Funai e deixar os indígenas viverem com as próprias pernas. São muito capazes.
É muita cretinice dessa porcaria de Conselho Indigenista Missionário, ora deixem os índios em paz, sumam daí, achem algum trabalho decente e parem de encher o saco de quem tem mais o que fazer, ou estão agindo com a cartilha do MST?, vão trabalhar cambada de vagabundos, deixem de cuidar da vida dos outros, façam algo de útil para o Brasil.
Assim como a vírgula, os pontos de vista também revelam o que cada um de nós somos. Teriam os indígenas a mesma visão do presidente do Cimi, numa clara distorção das palavras do Bolsonaro? Incorretamente pontua que o Bolsonaro compara índio com animal em zoológico, quando na verdade o que ele declara é o desejo dos índios de serem tratados e terem os mesmos direitos e oportunidades dos não indígenas. Ele não poderia ter pontuado que o Bolsonaro comparou os indígenas aos não indígenas (eles são iguaizinhos a nós)? Ou que o Bolsonaro elogiou a capacidade dos indígenas, citando que na Bolívia um índio chegou à presidência da república?
Esse ano na faculdade UFF, conversando com um rapaz que defendia o socialismo barato, perguntei-lhe o que era o socialismo para ele. Me respondeu com exemplo, de que o socialismo defendia que ao invés de uma pessoa ter um celular de R$ 1.000,00, ele deveria ter celular de R$ 500,00 para que outro também pudesse ter um celular de R$ 500,00. E como ele sabe que defendo a meritocracia e o capitalismo, me perguntou se aquela também não seria minha posição. Sim, disse-lhe, mas com a ressalva de que não gostaria que o que tem celular de R$ 1.000 deixasse de tê-lo, pois ele lutou por aquele bem, e que gostaria que o outro também tivesse um celular, mas não de R$ 500,00 e sim de R$ 1.000,00. Ele conseguiu entender a lógica e hoje já não defende socialismo barato.
KKKKKKKKKKKKKKK MENTIROSO TROLL SHUT UP!!!
Nai se fala entretanto daa maracutaia a de índios cobrando pedágio ilegal na Transamazônica etc além de contrabando de minerais etc como denunciado pela mídia a décadas e areas fronteira imensa com as Guiana plena de riquezas etc tudo em nome de “direitos indígenas” que estao na contramão da história econômica do Brasil; além de trabalho escuso de supostas ongs estrangeiras em tal território indígena que requer investigacao federal urgênte não é mesmo?