O líder do PSD na Câmara dos Deputados, André de Paula (PE), afirmou nesta sexta-feira (21) que “é impossível tomar qualquer posição” sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo, que era casado com a deputada Flordelis (PSD-RJ), até que a investigação avance. “Temos elevado apreço por ela, como tínhamos pelo pastor. Esse momento é de solidariedade e de oração”, afirmou o parlamentar ao Congresso em Foco. O pastor foi morto a tiros em frente à própria casa, em Niterói (RJ).
Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, filho da deputada, e o irmão adotivo Lucas Cezar dos Santos Souza, de 18, confessaram na última quinta (20) terem matado o pai. No mesmo dia, a Justiça emitiu mandados de prisão contra os dois. A versão inicial era a de que Flordelis estaria no terceiro andar da casa no momento do crime e não teria presenciado o homicídio.
Para o deputado André de Paula, é preciso que “as coisas fiquem claras” antes que o partido se posicione sobre as circunstâncias do crime. “Temos expectativa que as coisas sejam esclarecidas o quanto antes”. O congressista afirma que a retomada da atividade parlamentar depende, nesse momento, apenas da própria deputada. “Vai depender do abalo e das condições emocionais dela. A gente torce para que ela volte o mas rápido possível”, completa o líder.
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A delegada responsável pelo caso, Barbara Lomba, disse nesta sexta-feira que a confissão não é uma prova definitiva para a investigação. A motivação do crime ainda não foi esclarecida e as informações obtidas em depoimentos precisam ser confirmadas com laudos periciais e outras provas materiais.
“Ele [Flávio] assumiu ter atirado, mas a confissão não vai definir [o resultado da investigação], e há ainda que se esclarecer como foi essa execução. A narrativa não define. A motivação, por exemplo, não está definida”, disse a delegada, em uma entrevista coletiva à imprensa na porta da delegacia. “Temos muito trabalho a fazer ainda”, declarou.
Na última nota oficial que emitiu, na última terça (18), Flordelis afirmou que “lamenta as especulações que a cada momento a imprensa faz sobre o caso e pede que se aguarde o fim das investigações para se saber exato que ocorreu e os culpados pelo crime bárbaro que vitimou um homem de bem”.
Publicidade* Com informações da Agência Brasil
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