O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acaba de protocolar dois requerimentos de convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para prestar esclarecimentos sobre os problemas com a correção e atribuição de notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os requerimentos serão apreciados tanto na Comissão de Educação (CE) quanto na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC).
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Em 17 de janeiro de 2020 foram divulgadas as notas do Enem 2019 e, pouco tempo depois, as redes sociais e a mídia noticiaram inconsistências na correção da prova, como avaliações diferentes entre candidatos que tiveram o mesmo número de acertos ou notas próximas a zero com número alto de acertos. Os relatos mostraram ainda avaliações diferentes entre candidatos.
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Ao ser questionado pelos estudantes dos erros durante a correção das provas, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela elaboração e aplicação do exame e subordinado ao ministério da Educação, afirmou “não seria possível revisar a correção e que o Enem seguia a Teoria de Resposta ao Item (TRI) – metodologia que avalia se o estudante acertou as questões fáceis e difíceis ou só as difíceis”.
Diante da negativa, os estudantes se mobilizaram pelas redes sociais reunindo milhares de relatos e pressionando o governo a corrigir os erros. Devido a mobilização, o Inep disponibilizou um e-mail para receber reclamações e pedidos de revisão de notas que ficou ativo apenas entre a noite de sexta-feira (17) e a manhã de segunda-feira (20).
Mesmo com o pequeno prazo estipulado, foram encaminhadas mais de 170 mil mensagens apontando erros na correção. Contudo, segundo o MEC, a analise identificou apenas 5.974 provas com erros, o que representa 0,15% do total. Sobre as outras 166 mil mensagens, não foram apresentadas quaisquer justificativas.
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Randolfe afirma que as justificativas dadas por o Weintraub e pelo o presidente do Inep, Alexandre Ribeiro, são insuficientes e “diante dos questionamentos quanto à credibilidade do exame, somente uma auditoria minuciosa poderá evitar os riscos de judicialização”.
Em seu requerimento, Randolfe lembra ainda que o relatório da Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos do Ministério da Educação (MEC) apontou diversos erros de gestão do Ministério e do Inep que têm comprometido a qualidade da educação no Brasil.
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