O senador Eduardo Braga (MDB-AM) deve ser escolhido para relatar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado a indicação de Augusto Aras para o comando da Procuradoria Geral da República.
“Eduardo deve ser o relator”, disse o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) ao Congresso em Foco.
Aras esteve nesta terça-feira em reunião com Braga e a presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS).
A indicação de Augusto Aras para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) deve ser avaliada no plenário do Senado entre os dias 23 e 27 de setembro. O cálculo é do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
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Caso esse calendário se confirme, Aras não será avaliado pelo Senado antes do término do mandato de Raquel Dodge, que vai até o próximo dia 17. Por isso, é provável que o procurador substituto assuma a chefia da PGR por alguns dias, entre Dodge e Aras.
A data casa com a previsão do líder do governo no Senado, que espera ver a indicação aprovada até o próximo dia 26.
O nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro não está na lista tríplice organizada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), que é composta por Mário Bonsaglia, Luíza Fricheinsen e Blaul Dalloul.
A classe dos procuradores se manifestou contra a decisão de Bolsonaro. Segundo a ANPR a nomeação de um nome fora da lista tríplice interrompe um costume constitucional de quase duas décadas.
No entanto, o apoio a Aras no Senado deve extrapolar os aliados de Bolsonaro e incluir alguns senadores da oposição.
Em 2013, Aras promoveu uma festa de lançamento de um livro de Emiliano José, ex-deputado pelo PT. No evento estiveram presentes o ex-ministro José Dirceu (PT) e o ex-presidente do PT Rui Falcão.
O indicado para a PGR é filho de Roque Aras, ex-presidente do MDB da Bahia na época da ditadura militar e crítico ao governo vigente na época.
O pai do provável futuro PGR também já foi filiado ao PT, partido pelo qual tentou se eleger senador pela Bahia em 1986 e prefeito de Feira de Santana (BA) em 1988.
O senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-governador da Bahia, é próximo de Augusto Aras e disse ao Congresso em Foco que o nome deve ser aprovado na Casa Legislativa, embora não tenha declarado se vota ou não no procurador.
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