O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), um dos mais fervorosos defensores de Jair Bolsonaro na Câmara, cobrou do presidente apoio aos “conservadores leais” e à militância Bolsonarista. Em discurso realizado na terça-feira (22), o parlamentar afirmou que o grupo leal ao governo está sendo perseguido enquanto a oposição, chamada por ele de “comunista” está sendo fortalecida.
>Novo barra votação de isenção de tarifa elétrica no AP e projeto para entregadores de Apps
“São eles [comunistas] que estão ocupando áreas mais estratégicas do seu governo. Eles riem, debocham da nossa cara, e dominam até os canais de informação, para que vossa excelência, presidente, seja o último a saber”, afirmou o congressista.
No discurso, ele citou a prisão de militantes apoiadores de Bolsonaro como a de Sara Winter, Allan dos Santos, e, mais recentemente, do blogueiro Oswaldo Eustáquio, que teve sua prisão domiciliar suspensa, sendo conduzido ao regime fechado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após ter desrespeitado as restrições do regime domiciliar. Eles são investigados pela suprema corte pelos inquéritos das Fake News e de financiamento de atos antidemocráticos.
Otoni de Paula é alinhado ao governo nas pautas de costume e, segundo o Radar do Congresso, o parlamentar vota com o governo em 96% das vezes. Na tribuna, ele se queixou que a pauta conservadora não avança no Congresso e defendeu o retorno de uma posição mais radical do chefe do Executivo, dizendo que a “pacificação” colaborou para o fortalecimento de adversários.
“As pautas conservadoras não avançam, e o senhor continua recebendo facadas, só que essas, menos honestas que a facada que o Adélio lhe deu, pois esse bandido lhe esfaqueou pela frente, mas alguns lhe esfaqueiam moralmente pelas costas. A tal pacificação só apequenou vossa excelência, embora o senhor, sendo grande, fortaleceu apenas os adversários. Presidente Bolsonaro, acreditamos no senhor, mas duvidamos de alguns que o ladeiam. Presidente, seus fieis soldados estão caindo em meio ao campo de batalha, e o Brasil clama por sua voz de comando”, disse.
Deixe um comentário