O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na tarde desta terça-feira (12) que a Mesa Diretora vai decidir na próxima segunda-feira (18), às 10 horas, data e formato da eleição para a presidência da Casa em fevereiro.
A sugestão de Maia é que parlamentares do grupo de risco possam votar pelo sistema interno da Casa, a distância, como tem sido feito com as matérias e demais votações da Câmara. “Ninguém vai ficar contra a decisão do voto presencial. Queremos que eles [grupo de risco] estejam presentes em Brasília, mas vale consultar médicos para avaliar a pandemia. A segunda onda tem mais necessidade de UTIs e esperamos que os cientistas possam ser ouvidos para decidirmos se pode haver excepcionalidade para os que estão em grupo de risco”.
De acordo com Maia, a eleição já está sendo organizada para que seja presencial. Dois espaços para votação estão sendo preparados nos Salões Nobre e Verde para comportar os deputados. A data da eleição ainda está em aberto, mas tudo indica que a votação será no dia 2 de fevereiro.
“Toda eleição acontece dia dois, só uma vez ficamos dia primeiro na época do Severino [Cavalcanti]. Minha posição sempre foi de transparência, e se todos os candidatos entenderem que o voto pode ser aberto, quem sabe pode ser um debate. Foi questionado que eu queria fazer votação remota, quem sabe não aproveitamos e fazemos voto aberto? Não defendo, mas por que não? Já que os agentes sociais do Bolsonaro já estão pedindo voto impresso, certamente apoiando candidato do presidente, pode ser”.
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Também será apresentado na próxima segunda, parecer do relator Mário Heringer (PDT-MG) sobre os deputados do PSL que resolveram desembarcar da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) e apoiar Arthur Lira (PP-AL), contrariando a decisão do partido. O presidente do PSL, Luciano Bivar (PSL-PE), ameaça os 32 parlamentares de expulsão.
“A Lei dos Partidos é essa. É uma contestação dos deputados de que a lei transfere muito poder às cúpulas e esse assunto cabe à Mesa registrar a decisão dos partidos. Se a legislação diz que é um direito da direção nacional suspender o mandato e que ele não possa representar a sigla, quem sabe a gente não pode começar a pensar em uma discussão sobre reforma política? Que a gente possa construir uma lei que democratize as instâncias partidárias”, disparou.
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