O Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou, em sessão extraordinária nesta quinta-feira (17), a continuidade do processo de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL). Foram 33 votos a favor, seis contrários e uma abstenção. Após a votação no plenário, o processo segue para sua última etapa – o julgamento por uma comissão mista, composta de cinco parlamentares e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
> Superfaturamento e ineficácia: cloroquina coloca governo na mira de tribunais
Mais cedo, por 32 votos a sete, a Alesc havia autorizado o prosseguimento do processo de impeachment da vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido). Em cada caso, eram necessários 27 votos para que a denúncia fosse acatada pelo Plenário. A autorização do julgamento não implica no afastamento imediato de Moisés e Daniela de seus cargos. A decisão sobre o afastamento caberá à comissão julgadora que ainda será formada.
Leia também
O impeachment de Moisés foi motivado por uma tentativa do governador de equiparar salários de procuradores do estado aos procuradores da Assembleia Legislativa – a manobra foi considerada ilegal por só poder ser feita por lei. Os dois são investigados por suspeita de crime de responsabilidade. As defesas do governador e da vice negam as acusações.
Moisés, ex-comandante dos bombeiros que está em seu primeiro mandato político, foi alvo de críticas e defesas por membros de seu próprio partido. Enquanto o deputado Coronel Mocellin disse que o governo merecia a confiança de seus pares, o deputado Jessé Lopes criticou o que seria uma ruidosa relação do governador com o Legislativo e criticou o distanciamento do governador com o presidente Jair Bolsonaro.
Deixe um comentário