A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta terça-feira (11) denúncia contra o deputado federal e candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, pelo crime de racismo.
O julgamento teve início em 28 de agosto, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma.
Na ocasião, o relator Marco Aurélio Mello votou pela rejeição da denúncia e foi acompanhado pelo ministro Luiz Fux. Os outros dois ministros do colegiado, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, votaram pelo recebimento da denúncia.
O julgamento foi retomado hoje com o voto de desempate de Moraes, que acompanhou o relator. Com a rejeição da denúncia, o caso será arquivado.
Em abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado pelas declarações dadas durante uma palestra ao Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, consideradas racistas.
No evento, Bolsonaro afirmou que, se eleito, acabaria com todas as reservas de terra de indígenas e quilombolas (descendentes de escravos que vivem em quilombos). “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles”, discursou.
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“Alguém já viu um JAPONÊS pedindo ESMOLA por aí? Não, porque é uma RAÇA que tem VERGONHA na cara. Não é igual a essa RAÇA que tá aí EMBAIXO ou como uma minoria que tá RUMINANDO aqui do lado.” (Jair Bolsonaro, Clube Hebraica, Rio de Janeiro, 2017)
Logo, pelo incrível entendimento do STF, de agora em diante está liberado falar que
TEM RAÇA QUE PEDE ESMOLA POR AÍ, QUE NÃO TEM VERGONHA NA CARA E
FICA RUMINANDO AÍ EMBAIXO
Pra que será que existe lei contra o racismo? Só pra decorar?