Lideranças da oposição na Câmara propuseram, nesta sexta (28), um debate sobre o risco de desabastecimento e racionamento da energia elétrica em plena pandemia de covid-19. Eles argumentam que em meio à maior crise sanitária da história os brasileiros estão na iminência de vivenciar um apagão semelhante ao ocorrido há vinte anos, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Deste modo o grupo apresentou um requerimento pedindo a transformação de uma sessão plenária em comissão geral para discutir o assunto e as medidas a serem tomadas como forma de evitar este anunciado apagão. Assinam o requerimento para a reunião o PT, o PSB, a Rede, o PSOL, o PCdoB e o PDT.
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De acordo com os parlamentares, as medidas anunciadas pelo governo como criação de comitês de emergência e medidas de racionamento elétrico nos próximos meses “indicam que houve falha de planejamento e de coordenação, que necessitam ser imediatamente averiguadas e esclarecidas perante a sociedade”.
Eles também observam que a nova crise do apagão é revelada pelo governo federal na forma de “alertas”, que aparentam anteceder medidas extremas de suspensão do fornecimento de energia. Ainda de acordo com eles, as autoridades do setor se dizem “surpreendidas pela gravidade da situação, e apontam quadros de escassez hídrica como as responsáveis pelo colapso que se avizinha”, mas há poucos meses diziam o contrário.
Eletrobrás
Ao falarem em risco de apagão, as lideranças criticam a MP da privatização da Eletrobrás, responsável pela entrega de 30% da energia elétrica no país.
Os parlamentares destacam que o sistema elétrico nacional (SIN) se estende por boa parte do país, sendo divido em 4 subsistemas: Nordeste, Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. A maior parte da matriz energética do SIN é composta por usinas hidroelétricas, seguidas por usinas térmicas e mais recentemente as eólicas, principalmente na região Nordeste do País.
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