O ex-porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, publicou no jornal Correio Braziliense um artigo com críticas e alusões ao presidente Jair Bolsonaro. Sob o título “memento mori”, termo em latim para “lembra-te que és mortal”, o ex-assessor críticou o chefe do Executivo por não admitir “discordantes leais”. O general também fez críticas à postura de auxiliares que optam pela “mudez confortável” por “sobrevivência”.
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Após meses de isolamento e com funções esvaziadas, Rêgo Barros foi afastado oficialmente este mês, depois de ter sua saída anunciada em agosto. Os briefings diários feitos pelo porta-voz para responder aos questionamentos da imprensa passaram a ser substituídos por declarações do presidente na saída e entrada do Palácio da Alvorada.
No texto, Rêgo Barros utiliza de referências à Roma antiga e relata passos de líder vitorioso rumo às portas da “Cidade Eterna”, que segue acompanhado apenas de “uma pequena guarda e de escravos cuja missão é sussurrar incessantemente aos seus ouvidos vitoriosos: ‘Memento Mori!’ – lembra-te que és mortal!”.
O ex-auxiliar afirma ainda que a autoridade inebriada pela “ovação” de “aduladores” pode se esquecer da sua natureza humana, dessa forma, “não aceita ser contradita. Basta-se a si mesmo. Sua audição seletiva acolhe apenas as palmas. A soberba lhe cai como veste”, e prossegue, “infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói!”.
“A ovação de autoridades, de gente crédula e de muitos aduladores, poderá toldar-lhe o senso de realidade. Infelizmente, nos deparamos hoje com posturas que ofendem àqueles costumes romanos. Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião”, afirma.
Em outro trecho o ex-assessor critica o abandono dos projetos e planos norteadores da campanha eleitorais “são meras peças publicitárias, talhadas para aquele momento. Valem tanto quanto uma nota de sete reais”, afirma.
“Tão logo o mandato se inicia, aqueles planos são paulatinamente esquecidos diante das dificuldades políticas por implementá-los ou mesmo por outros mesquinhos interesses. Os assessores leais — escravos modernos — que sussurram os conselhos de humildade e bom senso aos eleitos chegam a ficar roucos”, aponta.
Ele afirma que os “assessores leais” são abandonados pelo caminho “feridos pelas intrigas palacianas” e outros passam a adotar uma postura de “confortável mudez” para sobreviver. “A discordância leal, um conceito vigente em forças armadas profissionais, como a ação verbal bem pensada e bem-intencionada, às vezes contrária aos pensamentos em voga, para ajudar um líder a cumprir sua missão com sucesso”, explica
Em outro trecho, Rêgo Barros defende o fortalecimento das instituições e da imprensa contra as decisões do “imperador imortal”. “As demais instituições dessa república — parte da tríade do poder — precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do ‘imperador imortal’. Deverão ser firmes, não recuar diante de pressões. A imprensa, sempre ela, deverá fortalecer-se na ética para o cumprimento de seu papel de informar, esclarecendo à população os pontos de fragilidade e os de potencialidade nos atos do César”, afirma.
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Militares têm espírito público. São patriotas. Dispendem grandes esforços em prol da coletividade e são capazes de morrerem em prol do Brasil. São incomparáveis! Claro q um ou outro foge do padrão, mas logo é extirpado do meio. O Capitão Encrenca foi uma dessas maçãs podres. O q quero registrar é o seguinte: dele só espero encrencas. Ele é um destrambelhado perigoso q tem q ser contido, pois tende a ser ditador. Só não implanta um regime forte porque nossas gloriosas Forças Armadas são democráticas e não aceitam. Creio q a manifestação do Gen Rêgo Barros é um marco q dará início ao enquadramento do trapalhão. Bolsonaro é um egocêntrico metido a bêsta. Essa é q é a verdade.
“Militares têm espírito público. São patriotas.” É bem possível. Só que não são donos do patriotismo e do espírito público. Existem outras vertentes com o mesmo patriotismo e o mesmo espírito público mas pensando diferente.
É isso aí, general Barros! Não se faça de rogado e dê nome aos bois
Nem precisa dar nome aos Bozo, quer dizer, bois.
A natureza humana é mesmo indecifrável. A função claramente teve sua extinção anunciada em agosto, mas só agora se concretizou. Será que entre agosto e hoje o General Rêgo Barros se consideraria uma pessoa com postura de “confortável mudez”?
Às vezes, apesar de concordar com o conteúdo, discordo da maneira como o Presidente conduz certos assuntos. Não sou fanático de chegar ao ponto de apoiar incondicionalmente qualquer ser humano. Deus só existe um.
Mas também esperar que a imprensa cumpra com ética seu papel de informar, chega a ser ingenuidade do General. Isso jamais ocorrerá!
AHAHHAHAHAH,
“Não sou fanático de chegar ao ponto de apoiar incondicionalmente qualquer ser humano”
AHahahahahhah, o cara agora quer dizer que não faz parte da seita, hahahah, aluno do astrolavio
??????
Valdir, estou convicto de q esse período de “confortável mudez” foi provocada pelo “estado de choque” do General, q só agora se dissipou. Não é fácil para um militar cheio de espírito público e vontade de servir ao Brasil, ser mal tratado por um sujeito indisciplinado e insubordinado como Bolsonaro. Desde o início isso já era previsível. Logo os bons Ministros veriam q o Capitão Encrenca mostraria quem sempre foi e não se sujeitariam aa subserviência (desejo de Bolso). Permanecerão os sabujos, q se contentam em lamber botas.
O Brasil tem q romper esse ciclo vicioso de eleger a mesmice imprestável do País. Chega de Bolsonaros e Lulas.
Concordo contigo no que diz respeito à conduta patriótica dos militares. Mas, se “desde o início isso já era previsível”, como você disse, ao ser convidado para o cargo, todos tiveram a opção de “aceitar” ou “não aceitar”. Nesse ponto, portanto, o General tem sua parcela de culpa.
Quanto ao chega de Bolsonaro e Lula: Chega de todos eles, Bolsonaro, Lula, Ciro, Marina, Dória, Botafogo, Renan, Almoedo, etc., etc., etc.
Só que para isso, precisaria aparecer um líder em quem o povo deposite “esperanças”, e hoje esse nome ainda é “Bolsonaro”. É nele que a maioria do povo ainda deposita esperanças.
Muitas coisas boas têm sido realizadas pelo governo, que a imprensa marrom não divulga, mas para o povão, só o fato de em 2 anos de governo, não ter ocorrido nenhuma corrupção já é um grande avanço.
Vamos ver se até 2022 aparece alguém que supere essa confiança.
Você tem alguém a sugerir? Assim, podemos analisar.
É verdade, Valdir. Aliás, qdo critico o Bolso, sempre enalteço o seu Ministério (com algumas excessões). Sorte nossa por isso. Qto ao surgimento de novas lideranças, precisamos disso, mas a “mesmice reinante e poderosa” coloca obstáculos de algum jeito e os possíveis bons se omitem ou não têm acesso. É por isso q os Renans continuam se reelegendo.
Politica Capitaniada.
Veja o caso de Recife. João Campos nunca atuou na política. Foi seu pai falecer, o colocaram lá, se elegeu deputado federal e está à frente nas pesquisas. Experiência? ZERO!
Só para listar alguns:
– Ferreira Gomes
– Maia
– Calheiros
– Sarneys
– Bolsonaros
– Bezerra Coelho
– Arraes/Campos
– Alcolumbre
– Garotinho
– Barbalhos
– Richas
– Liras
– Magalhães
E por aí vai…
Isso aí é a mesmice aa qual me refiro. Porém, verdade seja dita, temos evoluído… (será?).
Perfeito! Concordo.
Essa gente é engraçada. Primeiro eles elegem um psicopata, que pelas coisas que falava e as idéias que defentia era lógico que tinha vocação para ditador. Depois fazem todo esse discurso bonito para constatar o óbvio.
Ao que parecem , um homem na casa dos 60 anos, estudado e rodado, com alto cargo dentro da republica, como é o caso do general, foi “engando” pelo bozonauro. Vergonha.
É incrível, nas compreensível… Pessoas ingênuas e de boa fé existem em todos os cantos. Muitos caem na onda dos Lulas e Bolsonaros da vida. Mas vamos evoluindo…!