O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo aproveitou a participação na reunião da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, nesta quarta-feira (24), para tentar desfazer a imagem de que tem atritos com a China. Ernesto foi o primeiro convidado pela comissão durante a gestão do deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
Na tarde desta quarta, o ministro também vai participar de uma sessão temática do Senado. O convite partiu da Comissão de Relações Exteriores da Casa, presidida por Kátia Abreu (PP-TO).
O chanceler brasileiro reconheceu que o país é um aliado importante e um ator relevante na economia global e na aquisição de vacinas contra covid-19. Ernesto costumava ter uma postura de enfrentamento com a China e chegou a insinuar que a pandemia tinha sido tramada pelo gigante asiático.
“Não tenho [atrito com a China]. Dei uma pequena prova disso, minha interlocução com o chanceler da China. Não posso fazer mais do que referir aos fatos. As impressões, cada um é responsável pelas suas impressões. Muita gente prefere manter suas impressões mesmo quando os fatos as desmentem”, afirmou o ministro.
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Perguntado sobre a possibilidade de deixar o cargo de representante do Brasil no cenário internacional, o ministro disse: “Em relação a declarações de ex-ministros, comentários de jornalistas. Só queria citar, acho que li em algum lugar, só não lembro onde: o opróbrio dos ímpios enaltece o homem tanto quanto o louvor dos justos”.
E completou: “A grande tradição do Itamaraty é saber renovar-se. O segredo do sucesso do Itamaraty ao longo do tempo foi saber renovar-se. Na minha interpretação e do presidente da República, era o momento de inovar o Itamaraty, de inovar a diplomacia brasileira. Isso que tentamos fazer, estamos tentando fazer a acho que estamos obtendo resultado”.
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