Desde o início do ano legislativo, em fevereiro, até o recesso do meio do ano, em julho, o Senado realizou 36 sessões deliberativas ordinárias, aquelas em que o senador é obrigado a comparecer. Alegando que estava fora da Casa em “atividade parlamentar”, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) faltou a mais de 80% delas. Jader só apareceu em seis sessões em todo o primeiro semestre.
Nesse período, o senador custou aos cofres públicos R$ 313.277,81. Mesmo com 30 faltas, o paraense recebeu seu salário de R$ 33,7 mil integralmente. Gastou mais de R$ 30 mil com despesas atribuídas ao exercício da atividade parlamentar (Ceap) e outros R$ 23,3 mil com contas extras. Na prática, é como se cada presença do senador em plenário tivesse custado R$ 52,2 mil.
Candidato à reeleição, Jader tem viajado ao lado do filho, o ex-ministro da Integração Nacional Helder Barbalho, repetindo o projeto que tinha em 2014 e não conseguiu concretizar: eleger Helder governador do Pará.
Ambos têm visitado municípios por todo o estado fazendo propaganda do que Helder conseguiu como ministro da Integração Nacional, dos Portos e da Pesca – além da prefeitura de Ananindeua, município da região metropolitana de Belém.
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Faltas remuneradas
Desde que voltou ao Senado (leia mais abaixo), em 2012, Jader figura entre os mais faltosos da Casa, com ausências justificadas ou não. No último semestre, 28 de suas 30 faltas foram atribuídas ao exercício de seu trabalho parlamentar fora do Senado.
Nos dois primeiros meses do ano legislativo, entre março e fevereiro, foram realizadas 12 sessões deliberativas ordinárias, mas Jader não compareceu a nenhuma delas. Contudo, ele recebeu o salário integral nos dois meses.
Procurado por e-mail, telefone e WhatsApp, o senador não se pronunciou sobre o assunto até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto a qualquer tempo para o esclarecimento do parlamentar.
A ausência justificada por atividade parlamentar é apenas um dos tipos de licença às quais os senadores têm direito. Nesse caso não há desconto em folha – por mais que ele se ausente na maior parte das sessões. A ausência não conta como falta porque o Senado entende que o congressista está exercendo funções inerentes ao mandato, mesmo que ausente da Casa. O Senado, porém, não cobra qualquer comprovação do que o senador estava fazendo fora em seu horário de trabalho.
Outros tipos de afastamentos remunerados são os concedidos às senadoras gestantes e aos parlamentares adotantes, além da licença-paternidade. As faltas também são perdoadas nos casos de licença médica. Afastamentos para tratar de interesses particulares também são permitidos, mas não são remunerados.
Descontado, só o obrigatório
O valor já embutido de descontos que o senador recebe mensalmente é de R$ 22.654,94. Mesmo assim, os R$ 33.763,00, valor integral da remuneração, sai dos cofres públicos: uma fatia de R$ 7.394,13 é destinada todos os meses ao imposto de renda, e outros R$ 3.713,93 vão para o Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC), segundo dados disponíveis no Portal da Transparência do Senado.
De fevereiro a julho, o salário foi pago sem nenhum desconto de faltas, inclusive o adiantamento da gratificação natalina, que é distribuído em junho e que ultrapassa os R$ 16,8 mil. No total, em seis meses de atividade no Senado e com seis das 36 presenças obrigatórias, Jader recebeu R$ 152.811,14 líquidos apenas de salário. O montante não inclui o mês de janeiro, em que o salário também é pago integralmente, mas não há sessão no Senado.
Além da remuneração mensal, Jader usou R$ 36.733,60 do cotão e gastou outros R$ 23.321,71 com materiais diversos (como café, copos descartáveis, canetas e papel) nesses meses, como verificou a reportagem no Portal da Transparência do Senado. Os R$ 60 mil com as despesas ainda é uma economia em relação ao mesmo período de 2017, quando o senador gastou R$ 87,6 mil.
Ausente
Jader não economizou nas faltas e acumula com 83,3% de ausências em 2018, mas o baixo índice de presença em plenário do paraense não é novidade.
Como mostrou a Revista Congresso em Foco no início de 2014, Jader foi o campeão de faltas em 2013, com 46 ausências – 37 delas justificadas – nas 119 sessões daquele ano. Mas foi pior em 2012, quando ele deixou de comparecer a 57 das 126 sessões deliberativas. Em 2014, já era o terceiro senador com mais faltas na legislatura.
Apenas em 2015 o paraense não foi um dos que mais se ausentaram, e ficou em 13º lugar entre os menos assíduos. No ano seguinte, ele enfrentou um problema de saúde e se ausentou em 62 das 91 sessões do ano, apresentando justificativa para 44 faltas, e voltou a ser o mais ausente.
Renúncia, faltas e Ficha Limpa
Em outubro de 2010, Jader Barbalho foi eleito ao Senado com quase 1,8 milhão de votos. Foi um retorno – com turbulências –, após pouco mais de nove anos fora. Em 2001, Jader renunciou à sua cadeira na Casa para evitar a cassação, após o Conselho de Ética autorizar a abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar.
Ele era acusado de mentir aos colegas sobre seu envolvimento em desvios de verbas do Banco Estadual do Pará (Banpará), além de usar sua posição como presidente do Senado, que ocupava na época, para barrar um pedido de envio de relatórios produzidos pelo Banco Central sobre o tema. Ele chegou a se licenciar da presidência do Senado por alguns dias antes de renunciar ao mandato.
Na época, ainda era possível renunciar ao mandato para evitar a inelegibilidade – tanto que, no ano seguinte, Jader voltou ao Congresso, eleito como deputado federal. Permaneceu na Câmara por duas legislaturas, renunciou mais uma vez, dois meses antes de encerrar o segundo mandato, após as eleições.
Naquele momento, Jader já tinha conseguido 1,8 milhão de votos para voltar ao Senado, mas estava barrado, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Ele só conseguiu assumir a cadeira no fim de 2011, após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar que as novas regras de inelegibilidade não valiam para 2010, apenas para 2012 em diante. Com isso, Jader manteve o foro privilegiado no Supremo para a quase uma dezena de inquéritos a que respondia naquele momento. Esses processos foram arquivados por prescrição depoids que ele completou 70 anos.
Mais recentemente o senador virou alvo da Operação Lava Jato, com cinco inquéritos. Entre outras coisas, é acusado de receber propina, junto com colegas de partido, de empreiteiras responsáveis pela construção da usina de Belo Monte.
Se o Povo Brasileiro não criar juízo (e vergonha na cara) para renovar TODO o Congresso Nacional, TODAS as Assembléias Legislativas e TODAS as Câmaras Municipais, a tendência é aumentar essa bandalheira. Essa raça de feladaputistas juramentados sabem perfeitamente que nós somos masoquistas e é por isso que abusam.
É claro que temos (relativamente) bons representantes políticos nessas casas legislativas, mas os bons se omitem muito, não têm a ousadia dos maus e, portanto, devem ser trocados também. Uma renovação de 70% não é suficiente, pois os 30% restantes contaminam tudo. Uma “maçã” podre, aliás, como se sabe, apodrece o saco todo.
Dito isso, vem a dúvida: votaremos na mesmice, reelegendo Barbalho, Renan, Jucá e os mesmos ladrões de sempre? Sim, claro que sim, pois adoramos levar ferro!
Republiqueta das Bananas e dos bananas.
É de chocar o histórico deste político. Ou melhor, a ficha corrida!!!!
maldita Corja Política, só fuzilando um lixo desses.
Nosso país é uma tragicomédia real. A gente elege esses caras. Eles aprovam os juízes do poder judiciario. A gente fica bravo com o Gilmar, reelege os corruptos que rasgam dinheiro (ou usam como papel higiênico ) e depois falamos que a economia encolhe por culpa da greve de caminhoneiros. Não se rio ou choro.
Lidera as intenções de voto para as próximas eleições. Não à toa o estado que representa é um dos piores locais do país para se viver…
O povo do Pará reflete o nível de políticos.
Esse é o tal do CÂNCER…
E POR ISSO QUE EU NÃO ACREDITO MUITO NO POVO…SE ESQUECEM EM QUEM VOTA.ETC.ETC….ESSE SUJEITO COMETEU CORRUPÇÃO EM 2002 E VOLTOU PARA SER SENADOR….E POR ISSO QUE NÃO ACREDITO NOS BRASILEIROS POR CAUSA ….
ESTE EU TENHO A CERTEZA QUE VAMOS VARRER DA POLITICA NESTE ANO,TENHO FÉ QUE NOSSOS IRMÃO VÃO VOTAR CORRETAMENTE.VAMOS LIMPA!! É NOSSA HORA RENAN CALHWEIROS,JADER BARBALHO,SERRA,AECIO NEVES VAMOS LA!!POVO NAO VOTAREMOS NESTES BANDIDOS.
Em 2019, faça um político trabalhar: não reeleja ninguém!!!
VERGONHA NACIONAL. ENQUANTO DURAR ESSE TIPO DE POLÍTICO , CORONEL, CORRUPTO,CHANTAGISTA E PICARETA O BRASIL NÃO SAI DESSA M&RDA EM QUE ESTÁ. SE O EXEMPLO NÃO VIER DE CIMA PARA BAIXO DOS PODERES JUDICIÁRIO, LEGISLATIVO E EXECUTIVO SÓ DANDO PORRADA MESMO.
Enquanto existir eleitores que elegem esse tipo de político o brasil (letra pequena) não sai desse poço cheio de lama. Político é um cidadão eleito, logo, é espelho de seus eleitores. Quem vota em ladrão é, no mínimo, conivente com a situação.
Esse é outro pilantra que deveria estar na cadeia. O problema é que tem muita gente que ainda vota nele para se beneficiar em conjunto de suas falcatruas.
Definitivamente….cada povo tem o governo que merece, mesmo….afinal, tartaruga nao sobe em árvore e se esse sujeito é senador da república pelo estado do Pará, é porque foi eleito pelo povo daquele estado.
Será que é necessário mesmo ter um senado?
Não. Isso é invenção da classe política para mais benefícios pessoais, aliás, a quantidade de deputados e vereadores poderia ser menor.
Candidato à REELEIÇÃO, ou seja: Se FOR REELEITO é sinal de que o povo do Pará está satisfeito com o “trabalho” do dito cujo! Simples! Esse cidadão, ele e o filho, que já deveriam, há muito tempo, terem sido banidos da vida política…pelo povo, claro! Motivos não faltam!
52 mil reais por presença no Senado. E somos nós que bancamos isso. E fomos nós que o colocamos lá. E seremos nós a reelegê-lo. Estamos ferrados e mal pagos, já Jader Barbalho está numa boa…
Desculpe, meu caro, mas fale só por você.
Além de não morar no Pará, eu sei muito bem a quem dou o meu voto.
Não tenho tradição de usar a urna eleitoral como penico.
Tô fora cumpanhero. Me deiche livri desti seo comentário. VOTEM ERRADO E SUPORTEM FUTUROS INSUPORTÁVEIS.
Tinha que ser Nordestino.
Olha a Geografia, meu chapa.
O Pará não fica no Nordeste!
Faltou às aulas de Geografia hein chapa? Vai procurar um mapa
Não muda muita coisa.
O pior da ignorância é não admiti-la. Continue assim
JB17.
Um povo que não conhece nem em que região do país fica determinado estado não pode ter capacidade para votar!