O médico-legista Carlos Delmonte Printes, que participou da perícia sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, foi encontrado morto ontem em seu escritório, na Zona Sul de São Paulo. A Polícia Civil registrou a morte de Delmonte como “suspeita”, pois no local havia uma carta com informações bancárias e instruções do enterro dele para a família.
O legista é a sétima morte de alguém ligado ao caso Celso Daniel. O médico, que tinha 55 anos, foi encontrado de cuecas no início da tarde desta quarta pelo filho, Guilherme. Mesmo praticamente despido, não havia sinais de violência no corpo do legista.
O delegado Domingos Paulo Neto, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o mais provável é que tenha sido morte natural. Segundo ele, parentes contaram que há dois meses Delmonte contraiu pneumonia. Não havia sinais de violência no escritório.
Contudo, o promotor Roberto Wider, do Ministério Público de Santo André, disse que não pode ser descartada a hipótese de suicídio do legista, por causa da carta. O Ministério Público acredita que a morte do prefeito está ligada a um esquema de corrupção montado em sua gestão na Prefeitura de Santo André.
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Delmonte foi o primeiro a analisar o corpo e a sustentar que o político foi brutalmente torturado. Ele, que disse ter sido “censurado” durante três anos, afirmou que considerava inverossímil a tese de crime comum, idéia defendida até hoje por integrantes do PT, partido do qual Celso Daniel fazia parte.
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