Agora é quase oficial: o candidato democrata Barack Hussein Obama já pode se considerar o novo presidente dos Estados Unidos da América. É o que dizem redes de televisão, institutos de pesquisa, especialistas e cientistas políticos norte-americanos. Mas a quase vitória (apenas porque não oficialmente anunciada) já pode ser conferida por uma questão determinante: o candidato republicano John McCain acaba de fazer, em Phoenix (Arizona), pronunciamento no qual reconhece a derrota.
"Barack Obama era meu adversário. Agora, será meu presidente", reconheceu, em surpreendente manifestação de elegância, e com resignado tom de frustração.
Uma vez confirmado o já adiantado cenário pós-eleitoral, terá sido a primeira vez que um negro assume o comando da Casa Branca, tido como o cargo mais importante do planeta. Os eleitores democratas já podem comemorar: agora é questão de tempo para ser declarada a vitória de Obama, justamente o tempo para a contagem dos votos restantes.
Às 2h30 desta quarta-feira (5), pelo horário oficial de Brasília, 45 estados e a “cidade que nunca dorme”, Nova Iorque, já apontam a vitória de Obama com boa parte dos votos apurados. Em Chicago, a "festa da mudança", lema da campanha do democrata, já reúne milhares de eleitores eufóricos com o triunfo da novidade em cima da continuidade.
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O democrata leva vantagem em 26 estados, entre os quais importantes colégios eleitorais: na Califórnia, que tem 55 votos em disputa; na própria Nova Iorque, com 31 votos disputados; na Flórida (27 votos disputados); em Illinois (21 votos); na Pensilvânia (21); e Ohio (20).
Já o republicano John McCain obtém (insuficiente) vantagem, entre outros, nos seguintes estados: no Texas (34 votos em jogo); na Geórgia (15 votos disputados); na Carolina do Norte (15 votos); no Tenessee (11 votos); no Missouri (11 votos); na Louisiana (nove votos); e no Kentucky (oito votos).
Para ser eleito presidente, o candidato deve atingir o "número mágico" de 270 delegados de colégios eleitorais (269 mais um dos 538 colegiados). Entenda-se por "votos disputados" o número de delegados que cada estado oferece, proporcionalmente.
As eleições dos Estados Unidos não conferem diretamente aos candidatos o voto dos eleitores, como acontece no Brasil. Na terra do Tio Sam, a escolha popular é convertida em número de delegados por estado, que varia de acordo com a população de cada unidade federativa. Logo, o que importa é a equação dos votos obtidos em estados-chave, que tradicionalmente levam à Casa Branca os nomes preferidos de seus cidadãos. (Fábio Góis)
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